O mês de julho promete ser um espetáculo para os olhos voltados ao firmamento, com fenômenos celestes que despertam a curiosidade de entusiastas e observadores ocasionais do céu.
Ao longo das próximas semanas, o calendário astronômico reserva eventos como chuvas de meteoros, lua nova, máxima elongação de Mercúrio, entre outros. Confira as datas para se programar.
Calendário astronômico de julho de 2025

O mês de julho será perfeito para observar eventos lunares e outros fenômenos no céu noturno. Foto: Reprodução / Pixabay
Mercúrio na melhor posição para observação (4/7)
No início do mês, Mercúrio estará mais visível no céu antes do amanhecer, afastando-se do Sol o suficiente para ser observado com facilidade.
Quem acordar cedo poderá encontrá-lo baixo no horizonte leste, brilhando suavemente. Uma ótima oportunidade para admirar o planeta mais próximo do nosso astro-rei.
Neste mesmo dia, Vênus, a estrela d’Alva, estará brilhante no céu e próximo ao discreto Urano.
Enquanto Vênus é fácil de identificar a olho nu, Urano exigirá binóculos ou um telescópio para ser avistado. A dupla estará na constelação de Touro, formando um belo par celeste.
Lua Cheia do Veado (10/7)
Julho nos presenteia com a Lua Cheia, também conhecida como Lua do Veado, em referência ao período em que os cervos desenvolvem suas novas galhadas.
O céu noturno ficará iluminado, criando um espetáculo perfeito para os observadores que desejam apreciar o satélite natural da Terra em todo o seu esplendor.
Lua e Saturno lado a lado (16/7)
Na madrugada, a Lua minguante encontrará Saturno, o senhor dos anéis, em uma bela conjunção. Os dois corpos celestes estarão próximos na constelação de Peixes, oferecendo uma visão encantadora mesmo sem equipamentos especiais.
No mesmo dia, a Lua também se aproximará de Netuno, o gigante gelado. Como Netuno é muito tênue, será necessário um telescópio para identificá-lo ao lado do nosso satélite natural. Uma oportunidade para os entusiastas da astronomia testarem seus equipamentos.
Conjunção da Lua com as Plêiades (20/7)
A Lua crescente fará uma passagem próxima ao aglomerado estelar das Plêiades, também chamado de Sete Irmãs. Esse grupo de estrelas jovens e brilhantes formará um cenário deslumbrante ao lado da Lua na constelação de Touro.
Aproximação da Lua e Júpiter (23/7)
Pouco antes do amanhecer, a fina Lua crescente estará próxima de Júpiter, o maior planeta do Sistema Solar. O par será visível na constelação de Gêmeos, proporcionando um belo espetáculo para quem acordar cedo.
Lua Nova (24/7)
Com a Lua Nova, o céu noturno ficará mais escuro, ideal para observar estrelas fracas, nebulosas e galáxias distantes. Aproveite essa fase para explorar o cosmos sem a interferência do brilho lunar.
Ocultação lunar de Marte (28/7)
Em um evento raro, a Lua passará na frente de Marte, ocultando-o temporariamente. O fenômeno será visível principalmente em partes da Antártica, mas observadores em outras regiões ainda poderão apreciar a proximidade entre os dois corpos celestes.
Pico das Delta Aquáridas (30-31/7)
No final de julho, o céu será iluminado pela chuva de meteoros Delta Aquáridas, conhecida por seus meteoros rápidos e tênues.
O fenômeno ocorre quando a Terra atravessa os detritos deixados pelo cometa 96P Machholz, queimando partículas em nossa atmosfera e criando rastros luminosos.
O radiante (ponto de origem aparente dos meteoros) estará na constelação de Aquário, mas não é necessário olhar diretamente para lá – os meteoros podem surgir em qualquer parte do céu, com uma frequência de até 25 por hora.
O melhor horário para observação será após a meia-noite, quando o radiante estiver mais alto, e antes do amanhecer, quando a Lua já estará baixa, reduzindo seu brilho e melhorando a visibilidade.