O ano de 2024 teve 366 dias, ou seja, foi um ano bissexto, ao contrário de 2025, que terá apenas 365 dias. Um ano bissexto é aquele em que ocorre a intercalação periódica de um dia adicional.
Esse dia extra é inserido no mês de fevereiro, fazendo com que tenha 29 dias em vez de 28. Assim, a cada quatro anos, o calendário gregoriano inclui um dia extra no mês de fevereiro para corrigir a discrepância entre o ano solar e o ano civil.
Qual será o próximo ano bissexto?
O próximo ano bissexto será 2028, mas vamos entender a lógica por trás dessa regra.
A Terra completa uma órbita ao redor do Sol em aproximadamente 365,242189 dias, o que chamamos de ano tropical ou solar. No entanto, o nosso calendário gregoriano considera apenas 365 dias por ano.
Para ajustar essa diferença, adicionamos um dia extra em 29 de fevereiro a cada quatro anos, criando o ano bissexto com 366 dias.
Sem essa correção, perderíamos cerca de seis horas por ano em nosso calendário, acumulando uma perda de 24 dias após um século.
Portanto, a cada quatro anos, um dia extra é acrescentado para alinhar o calendário com o ano solar. Esses ajustes são feitos em todos os anos divisíveis por quatro, exceto nos anos terminados em 00 não divisíveis por 400.
Por exemplo, 2020 e 2024 foram bissextos. Após 2028, os próximos anos bissextos, com 366 dias, serão 2032, 2036, 2040, 2044, 2048, 2052.
Quem inventou o ano bissexto?
A prática de adicionar um dia extra ao calendário, originando o conceito de ano bissexto, remonta à época de Júlio César, no antigo Império Romano.
O calendário juliano, introduzido por Júlio César em 46 a.C., foi o primeiro a adotar um ano de 365,25 dias, incorporando um dia adicional a cada quatro anos.
Esse ajuste foi necessário porque o calendário anterior, baseado em 355 dias, estava gradualmente se defasando em relação às estações do ano.
Inclusive, o termo “ano bissexto” deriva da expressão latina “bis sextus dies ante calendas martii,” que significa “o sexto dia antes das calendas de março.”
Esse dia extra era inserido entre 23 e 24 de fevereiro, resultando no que chamamos de 29 de fevereiro nos calendários modernos.
Calendário gregoriano ajustou as regras do ano bissexto
Mesmo com o calendário juliano, havia uma pequena discrepância, já que o ano solar tem aproximadamente 365,242 dias, uma diferença que acumulava erros ao longo do tempo.
Isso levou à criação do calendário gregoriano em 1582, por iniciativa do Papa Gregório XIII.
O novo calendário corrigiu os erros acumulados ao eliminar alguns dias e ajustou a regra dos anos bissextos. Esta reforma reduziu significativamente o atraso em relação ao ano solar, tornando o calendário mais preciso.
Os calendários lunisolares usados pelas civilizações antigas, como o calendário ateniense, também tentaram alinhar os ciclos lunares e solares adicionando meses intercalados periodicamente.
Porém, foi o calendário juliano que estabeleceu a base para a correção sistemática que hoje conhecemos como ano bissexto, uma prática essencial para manter nossos calendários em sincronia com o ciclo solar.