A Língua Portuguesa é rica em particularidades e, por isso, precisamos praticar no dia a dia para entender as regras de gramática que estão relacionadas com o idioma. Com o tempo, seus textos dissertativos estarão cada vez mais aprimorados e sem aqueles erros comuns.
Muitas pessoas, inclusive, ainda não sabem lidar com o uso correto do hífen. Um exemplo claro é o equívoco recorrente ao desejar votos positivos a alguém que acabou de chegar. Afinal de contas, qual é a maneira correta de cumprimentar: bem-vindo, bem vindo ou benvindo?
Vamos discorrer sobre o assunto com mais detalhes para que você entenda se o hífen faz ou não sentido dentro desse contexto. Aproveite a visita e não se esqueça de explorar mais conteúdos que já publicamos por aqui, como origem de palavras e notícias de concursos abertos.
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Qual é o uso correto do hífen?
Antes de abordarmos o uso correto da expressão, é importante destacar que o hífen, ao longo das reformas ortográficas, passou por ajustes para simplificar e uniformizar o sistema. O novo acordo buscou tornar as regras mais claras e consistentes.
E isso afetou diretamente o uso do sinal gráfico em palavras compostas. As palavras ligadas sem a intervenção de um elemento de ligação, por exemplo, acabaram perdendo o hífen, como “pé de moleque”, “dia a dia” e “cão de guarda”.
Já os compostos por aglutinação, que são palavras ligadas por um elemento de ligação (normalmente uma preposição), continuam utilizando o hífen; é o caso de “pré-história”. O Novo Acordo Ortográfico também eliminou o uso do hífen em diversos outros casos.
Palavras compostas por elementos repetidos ou com prefixos foram diretamente afetadas com as mudanças. Olha só:
- Anti-inflamatório → Antiinflamatório;
- Micro-ondas → Microondas;
- Coautor → Coautor.
Em contrapartida, locuções substantivas, adjetivas e adverbiais continuam a utilizar o hífen. Exemplos incluem expressões como “água-de-colônia”, “cor-de-rosa” e “mais-que-perfeito”. O hífen nessas locuções contribui para a semântica e compreensão do conjunto de palavras.
Bem-vindo, bem vindo ou benvindo?
A forma correta de escrever a expressão é “bem-vindo (a)”, já que o termo “bem” é um advérbio de modo que modifica o verbo “vindo (a)”, indicando a maneira como alguém é recebido. Exemplos:
- Bem-vindo à nossa casa!
- Seja bem-vindo ao novo ano que se inicia!
- Espero que você se sinta bem-vindo no novo curso da faculdade.
- Eu amo o seu tapete, porque está escrito “bem-vindo” nele. É um ótimo convite para quem está na entrada do seu apartamento.
Portanto, a utilização do hífen em “bem-vindo” segue as regras gramaticais da língua portuguesa, que prescrevem o uso do sinal quando há uma junção de palavras que, se somadas, formam uma única ideia.
A forma “benvindo” é menos comum e não é a preferida na norma padrão da língua portuguesa. Embora o idioma seja dinâmico e esteja sujeito a mudanças ao longo do tempo, essa variação não é amplamente adotada nem recomendada pelos principais manuais.
O uso do “benvindo” pode ser observado ocasionalmente, muitas vezes influenciado por regionalismos ou escolhas pessoais. No entanto, para garantir uma comunicação eficaz e seguir as convenções gramaticais aceitas, é mais apropriado optar por “bem-vindo”.