Bater na madeira realmente afasta o azar? Descubra a origem dessa tradição

A superstição de bater na madeira para afastar o azar é comum em muitas culturas, mas como surgiu essa tradição?

Você já bateu na madeira para afastar o azar? Esse gesto simples é algo que muitas pessoas fazem quase sem pensar. Mas já parou para se perguntar de onde vem essa superstição?

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Na verdade, esta é uma das muitas crenças que atravessaram séculos e culturas, encontrando lugar nos dias atuais.

O ato pode parecer comum, mas está impregnado de simbolismo e história.

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Muita gente, ao bater na madeira, busca evitar que algo ruim aconteça ou deseja que um momento de sorte continue. Entenda a seguir a origem desse hábito e como ele evoluiu através do tempo e das culturas.

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Origem da ação de bater na madeira para “afastar o azar”

A origem da ação “bater na madeira para afastar o azar” remonta às crenças pagãs dos celtas, que reverenciavam as árvores como seres sagrados, condutores entre os céus e a terra.

Eles acreditavam que espíritos e deuses residiam nas árvores, e tocar ou bater na madeira da árvore invocaria essas entidades para proteção, ou bênçãos.

Da mesma forma, os gregos consideravam o carvalho sagrado para Zeus e acreditavam que tocá-lo atraía a proteção do deus.

Na Ásia Central, os turcos xamânicos também compartilhavam essa crença, batendo na madeira para despertar os espíritos e afastar os maus.

Atualmente, os turcos puxam a orelha, indicando “Eu não ouvi isso”, e depois batem na madeira para afastar ideias ruins.

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Ainda, acredita-se que, com a fusão das práticas pagãs com as tradições cristãs, o ato de tocar madeira pode ter evoluído para simbolizar tocar a madeira da cruz, diretamente relacionado à crucificação de Jesus.

Estudo investiga os benefícios dessa superstição

Um estudo de 2013, publicado no Journal of Experimental Psychology, investigou a eficácia de rituais supersticiosos, como bater na madeira, e descobriu que eles podem realmente influenciar nossa percepção de má sorte.

A pesquisa da Universidade de Chicago sugere que a preocupação intensificada que surge após “desafiarmos o destino" pode ser mitigada por meio de ações que ajudam a "desfazer" a má sorte.

Os autores focaram em rituais que envolvem movimentos de afastamento, como bater na madeira, cuspir ou jogar algo para longe.

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A hipótese era de que a natureza evitativa desses movimentos ajudaria a reduzir a ansiedade e as expectativas negativas geradas pela ideia de ter atraído má sorte.

Os resultados mostraram que os participantes que realizaram ações evitativas, como bater na madeira, sentiram que a probabilidade de um evento negativo era menor do que aqueles que realizaram ações não evitativas.

A conclusão é que o ato de afastar algo, simbolicamente, representando a má sorte, cria uma sensação de controle e reduz a ansiedade associada à possibilidade de infortúnio.

Em outras palavras, este efeito psicológico de afastar o azar contribui para a sensação de alívio e a crença de que a má sorte foi evitada.

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