Por sete anos seguidos, a Finlândia manteve sua posição como o país mais feliz do mundo, segundo o Relatório Mundial de Felicidade de 2024 (World Happiness Report).
A edição mais recente do estudo, realizada pela Gallup e patrocinado pela ONU, traz análises profundas sobre o estado de satisfação global, destacando tendências alarmantes em determinadas regiões.
O levantamento avalia 143 nações com base em seis critérios: apoio social, liberdade para tomar decisões importantes, generosidade e expectativa de vida, bem como o PIB per capita e a percepção de corrupção.
Confira os países que ocupam o topo do ranking.
15 países mais felizes do mundo
Confira a lista das 15 nações mais felizes:
- Finlândia;
- Dinamarca;
- Islândia;
- Suécia;
- Israel;
- Países Baixos;
- Noruega;
- Luxemburgo;
- Suíça;
- Austrália;
- Nova Zelândia;
- Costa Rica;
- Kuwait;
- Áustria;
- Canadá.
Por que a Finlândia é o país mais feliz do mundo?
Não existe uma fórmula única para a felicidade finlandesa. Na verdade, este país encabeça o ranking por diversos motivos.
A nação se destaca por sua educação de alta qualidade e igualdade social, elementos essenciais para a satisfação geral.
O sistema educacional finlandês é altamente elogiado, com ensino primário classificado como o melhor e o ensino superior em terceiro lugar globalmente pelo Fórum Econômico Mundial (FEM).
Inclusive, a educação é gratuita até o nível secundário, e o país não possui universidades privadas.
Em termos de igualdade de gênero, a Finlândia tem uma das menores disparidades salariais do mundo, sendo superada apenas pela Islândia e Noruega. Foi também pioneira na Europa ao conceder o direito de voto às mulheres em 1906.
A UNICEF classifica a Finlândia como o segundo país com menor desigualdade infantil, refletindo o compromisso do país com o bem-estar das crianças.
No âmbito econômico, o país nórdico tem um dos menores índices de pobreza do mundo.
Já, no quesito segurança, a Finlândia possui menos agentes policiais por habitante e uma das menores taxas de criminalidade do planeta, sendo considerada pelo FEM como o destino mais seguro para viajar.
O Brasil ocupa qual posição no ranking?
Em relação aos países latino-americanos, nenhum alcançou uma posição de destaque entre os primeiros da lista.
A Costa Rica obteve a melhor classificação da região, em 12º lugar. Logo após, vieram México (25º), Uruguai (26º), El Salvador (33º) e Chile (38º).
Por outro lado, o Brasil subiu cinco posições, indo do 49º para o 44º lugar. Em seguida, temos Argentina e Paraguai ocupando, respectivamente, as posições 48º e 50º. Já a Venezuela ficou na 79ª posição.
Países mais infelizes
Os países que figuram no final da lista do ranking da felicidade são: Afeganistão (143º), Líbano (142º), Lesoto (141º), Serra Leoa (140º), República Democrática do Congo (139º), Zimbábue (138º), Botsuana (137º), Malawi (136º), Eswatin (135º) e Zâmbia (134º).
Em meio ao conflito contínuo desde 2022, Rússia e Ucrânia ocupam, respectivamente, as posições 72º e 105º no ranking.
Boomers são mais felizes que os millennials
O Relatório Mundial da Felicidade traz uma análise pioneira este ano, revelando que a “tendência global de aumento na satisfação com a vida” observada entre os jovens de 15 a 24 anos foi interrompida pela pandemia de COVID-19.
A análise intergeracional indica que, em média, indivíduos nascidos antes de 1965 — os ‘boomers’ e gerações anteriores — reportam níveis mais altos de felicidade em comparação aos nascidos após 1980 — ‘millennials’ e a geração Z.
Além disso, nota-se que a percepção de qualidade de vida tende a piorar com o envelhecimento dos ‘millennials’ e gerações subsequentes, enquanto para os ‘boomers’ e anteriores, essa visão melhora com a idade.
No que tange a dados específicos por país, a Lituânia destaca-se como o lugar onde crianças e jovens abaixo de 30 anos estão mais contentes, enquanto a Dinamarca é considerada o país mais feliz para aqueles acima de 60 anos.