Passar por momentos de tristeza e frustração ao longo da vida é algo comum para qualquer pessoa, mas você já se perguntou se existe algum período onde o ápice da tristeza é atingido? De acordo com estudos científicos, a resposta para essa dúvida é afirmativa: a partir de determinada idade, o pico dos sentimentos negativos pode ser atingido.
Da mesma forma, junto do ápice da tristeza, existe também um período em que a a chamada “curva da felicidade” passa a fazer sentido. Para entender melhor sobre o assunto, confira abaixo quais foram os resultados de pesquisas a respeito do pico negativo atingido pela maior parte dos seres humanos em determinada parte da vida, e o que isso pode significar.
Atingimos o ápice da tristeza com ESTA idade: entenda
Uma ampla pesquisa realizada pelo economista David Blanchflower, professor da universidade Dartmouth nos EUA e ex-membro do Comitê de Política Monetária do Banco da Inglaterra, revelou que o que muitos imaginam a respeito da tristeza e da felicidade em vida não é a realidade.
Com dados de 132 países baseados na relação entre bem-estar e idade, o pesquisador produziu cerca de 444 estimativas significantes dos países, encontrando evidências interessantes a respeito da “curva da felicidade”. De acordo com os resultados, mesmo em contextos culturais diferentes, a maioria das pessoas é infeliz até o fim dos 40, quando atingem o ápice da tristeza. A partir de então, porém, outras sensações passam a ser valorizadas.
No geral, a pior parte da vida estaria no meio, enquanto os maiores momentos de felicidade ficam entre a fase inicial e depois dos 50. As análises de Blanchflower revelam que, em média, a idade mais infeliz é em torno dos 47,2 anos em países desenvolvidos e, em países em desenvolvimento, dos 48,2 anos.
Mais sobre a pesquisa
A partir dos 50 anos, os seres humanos se tornam mais gratos pelo que têm. As condições de vida não precisam necessariamente melhorar, mas o que realmente varia é a percepção do bem-estar. Afinal, muitas pessoas aos 70 anos são saudáveis e ficam felizes por trabalhar, mas não sentem o mesmo na metade da vida, quando existem mais responsabilidades.
Do ponto de vista psicológico, à medida que as pessoas envelhecem, passam a ser capazes de se adaptar aos seus pontos fortes e fracos, enquanto as ambições inviáveis saem de cena. Igualmente, seres otimistas vivem mais, o que ajuda a traçar a curva da felicidade em “U”: dois pontos altos de felicidade intercalados pelo ápice da tristeza até os 40.