Areia movediça existe mesmo ou é uma invenção de filmes?

Apesar da representação dramática da areia movediça em filmes e séries de televisão, a realidade é menos sinistra. Leia e entenda a seguir.

Ao longo dos anos, a areia movediça tem sido retratada como um perigo iminente em filmes e séries de TV, gerando curiosidade e preocupação. A sua presença é tão proeminente que pesquisas foram conduzidas para investigar a sua recorrência nas telonas.

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Esses estudos revelaram que, na década de 1960, aproximadamente uma em cada 35 produções cinematográficas incorporava cenas envolvendo este temido fenômeno. Mas será que essa ameaça é tão real quanto nos fazem acreditar? Continue lendo e descubra abaixo.

O que é areia movediça?

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A areia movediça é um fluido não newtoniano, ou seja, uma substância cuja viscosidade varia com a pressão aplicada a ela. Geralmente é composta de areia fina, argila e água salgada. Em repouso, sua viscosidade é maior. Porém, diante de uma força externa ela passa por um processo de liquefação, mudando do estado sólido para o líquido.

Quanto maior o estresse, mais fluida ela se torna, aumentando o risco de afundar. É claro que, uma vez passada a pressão, a areia se solidifica. Por isso não é tão fácil escapar dela.

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Como e onde aparece?

A formação da areia movediça requer uma combinação específica de elementos: solo argiloso, água subterrânea próxima à superfície e materiais orgânicos em decomposição. Desse modo, é mais provável que a encontremos em lugares como pântanos, margens de rios e regiões costeiras. A água presente no solo impede a densificação da areia, criando essa consistência traiçoeira.

Quais os mitos sobre areia movediça?

A cultura popular, especialmente o cinema, contribuiu para a disseminação de mitos sobre a areia movediça. Um equívoco comum é que ela é rápida e engole tudo o que toca. Outro mito é que esta armadilha da natureza é imediatamente fatal, prendendo as vítimas permanentemente.

Embora seja difícil escapar, é impossível que animais ou seres humanos afundem completamente. Isso porque nossa densidade é semelhante ou menor que a das areias e, no máximo, elas nos arrastariam para baixo encobrindo apenas metade do nosso corpo.

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Nestas situações, a melhor opção é primeiro mover uma perna em círculo para empurrar a água em direção à areia e fazê-la se liquefazer novamente. Depois de transformada em líquido, será mais fácil levantar a perna, apoiá-la na superfície e fazer o mesmo com a outra. Uma vez fora, é melhor mover-se lentamente para reduzir a pressão exercida e evitar que ela o faça afundar novamente.

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