Estudar para concursos ou quaisquer outras provas não é sempre uma tarefa fácil. Muitas vezes, a pessoa pode ficar ansiosa, perder o foco e ter dificuldade na fixação dos conteúdos. Pensando nisso, o Concursos no Brasil conversou com uma psicóloga para falar de ansiedade nos estudos.
Ketlin de Oliveira, psicóloga hospitalar, explicou que “a ansiedade é uma resposta natural do organismo” sobre estímulos que podem ser “ameaçadores”. Segundo ela, é “uma antecipação do perigo, marcada pelos sentimentos de apreensão e tensão”.
Por ser algo biológico, qualquer pessoa tem sintomas ansiosos em algum momento. Oliveira explica que o problema é quando a ansiedade, seja ela nos estudos ou em outras situações, se torna frequente, longa e intensa. Mas isso não significa que não existam maneiras de manejar as sensações. Confira mais na matéria abaixo.
Como melhorar os sintomas de ansiedade nos estudos
Os sintomas ansiosos podem gerar uma série de consequências. “Em estudantes para concursos públicos a ansiedade elevada pode levar a diminuição da concentração, inquietação, insônia, insegurança, estado de tensão”, pontua Ketlin.
De acordo com a psicóloga, essas sensações podem causar prejuízos na aprendizagem. No entanto, existem formas de reduzir a ansiedade nos estudos, como conta a profissional. Veja algumas delas:
1. Linhas de pensamentos alternativas
Oliveira afirma que pessoas ansiosas costumam “nutrir pensamentos negativos sobre as situações e suas habilidades de lidar com elas”. Se esse for o seu caso, ela aconselha a identificar de onde vêm essas ideias e tentar construir novas linhas de pensamento que sejam mais funcionais e objetivas.
2. Manejo do tempo
Outra maneira de controlar a ansiedade nos estudos, segundo a psicóloga, é saber organizar os seus horários. Dessa forma, Ketlin afirma que é interessante a criação de cronogramas ou metas para medição de tempo e progresso na hora de estudar.
“Porém, caso não consiga seguir o cronograma de estudos à risca, não se aflija”, alerta a profissional. “As metas podem ser continuamente reajustadas conforme necessidade”, explica.
3. Ambiente organizado
Não só o tempo precisa ser gerido, mas Oliveira também chama a atenção para o ambiente de estudos limpo e arrumado. Ela comenta que o ideal é que esse local seja “livre de distratores”, pois assim poderá influenciar na melhora da concentração e absorção das matérias.
4. Rotina adequada
Outro ponto ressaltado pela psicóloga é a rotina diária. Ketlin sugere “manter uma alimentação saudável e noites regulares de sono”. Ela afirma ainda que “a prática de atividade física também pode contribuir para diminuição do nível de ansiedade”.
5. Fazer pausas
Concurseiros precisam ficar atentos não só aos conteúdos estudados, mas também às pausas. De acordo com a profissional, isso é necessário “para descansar e relaxar a mente” bem como “diminuir o estresse e o cansaço”. Por isso, ela atenta para que o cronograma de estudos conte com tempo de descanso. “É fundamental que o estudante tenha momentos de descanso e diversão”, diz.
6. Controle da respiração
Uma boa dica da psicóloga é fazer o controle de respiração diafragmática. Segundo ela, o exercício consiste em “em inspirar lentamente pelo nariz até encher bem os pulmões de ar, segurar por uns 2-3 segundos, então soltar o ar ainda mais lentamente pela boca”.
7. Ajuda profissional
Oliveira ainda aconselha que, em casos de crises frequentes, a pessoa busque ajuda profissional. Segundo ela, a tensão e apreensão intensas podem gerar graves prejuízos. Portanto, “é importante procurar um acompanhamento profissional para conseguir lidar melhor com os sintomas”, finaliza.