Anéis de Saturno: descubra do que são feitos e como se formam

Os planetas gigantes do nosso sistema solar, como Saturno, exibem uma grande diversidade de anéis. A origem desses anéis ainda não é clara e os mecanismos que levam à sua formação também são desconhecidos.

Saturno, o gigante gasoso, é um planeta cativante conhecido por seus anéis distintos. Essas características peculiares despertaram a curiosidade de astrônomos e entusiastas do espaço.

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Contudo, a formação dos anéis de Saturno ainda não é totalmente compreendida e é objeto de pesquisas científicas em andamento. Nesse sentido, existem várias teorias propostas que tentam explicar sua origem. Veja a seguir.

Do que são feitos os anéis de Saturno?

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Até 2015, as teorias sobre como os anéis de Saturno foram gerados não conseguiam explicar por que a composição das pequenas partículas que o formam é de mais de 90% de gelo.

Foi então que a cientista planetária Robin Canup, pesquisadora da Universidade do Colorado, publicou sua teoria na prestigiosa revista científica Nature. Para desenvolvê-la, Canup fez simulações computacionais detalhadas para explicar a composição gelada das partículas, que vão desde bolas de granizo até outras ainda menores.

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Sua teoria afirma que durante o nascimento do sistema solar, 4,6 bilhões de anos atrás, um satélite de Saturno colidiu com o planeta. Com efeito, o sistema de anéis de Saturno são os restos daquela gigantesca lua de gelo com um núcleo rochoso que resultou do impacto.

Os enormes fragmentos ejetados na colisão formaram um sistema de anéis muito diferente do que vemos hoje. Mas ao longo de bilhões de anos, as muitas saliências entre esses grandes pedaços deram origem ao grande anel de pequenas partículas que pode ser visto hoje.

Como são os anéis de Saturno?

Segundo informações da NASA, Saturno exibe sete anéis distintos quando observado à distância. Esses anéis foram batizados com as primeiras sete letras do alfabeto, em ordem de descoberta, e não estão relacionados à sua distância do planeta.

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Os três primeiros anéis descobertos em Saturno (A, B e C) são os mais fáceis de detectar, pois são os anéis principais mais brilhantes do gigante gasoso. No entanto, o anel D é extremamente fraco em comparação com os demais e está mais próximo do astro.

O anel E é o maior e mais externo, com cerca de um milhão de quilômetros de extensão, e é adjacente a outro anel fraco, o anel G. O anel F do planeta é composto por muitos anéis estreitos.

Recentes observações de cientistas da NASA sugerem que os anéis de Saturno sejam uma série de fragmentos rochosos e gelados, pedaços de luas, asteroides e cometas que se fragmentaram sob a força da gravidade de Saturno.

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O resultado é uma combinação de enormes rochas do tamanho de montanhas e minúsculas partículas de poeira, muitas das quais estão cobertas por uma camada de poeira. Cada anel contém matéria em órbita e, combinados, os anéis se estendem por milhares de quilômetros no espaço.

Acredita-se que eles contêm fragmentos de corpos celestes que são mais jovens do que o próprio planeta, de acordo com dados da missão Cassini, datando entre 10 milhões e 100 milhões de anos.

Missão Cassini

Desde julho de 2004, a espaçonave Cassini orbita Saturno, enviando informações sobre o planeta e seus anéis. Também foi a primeira sonda a procurar a presença de vida em suas luas Titã e Encélado. Por treze anos ajudou a entender melhor o segundo maior planeta do sistema solar e provavelmente o mais intrigante.

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Em 26 de abril de 2017, a Cassini se tornou a primeira espaçonave a entrar no espaço entre Saturno e seus anéis, completando sua última missão antes de se desintegrar em 15 de setembro de 2017.

Descoberto por Galileu Galilei em 1610, Saturno ainda guarda muitas informações que os cientistas esperam obter ao longo de suas pesquisas desse impressionante corpo celeste.

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