Você já ouviu falar que usar açúcar no cabelo faz os fios crescerem mais saudáveis? Essa é uma receita caseira que muitas pessoas acreditam que proporciona benefícios, como hidratação, brilho, redução do frizz e até mesmo estimulação do crescimento.
Mas será que isso é verdade ou apenas um mito? Continue lendo e saiba o que a ciência diz sobre esse truque.
O que diz a ciência sobre o açúcar no cabelo?
Não há evidências científicas que comprovem a eficácia do açúcar no cabelo para melhorar a saúde dos fios. O que se sabe é que ele tem uma ação esfoliante e pode ajudar a remover as células mortas e o excesso de oleosidade do couro cabeludo.
Essa propriedade pode favorecer a penetração de outros produtos capilares, como condicionadores e máscaras hidratantes. No entanto, isso não significa que o açúcar seja capaz de hidratar, nutrir, fortalecer ou acelerar o crescimento dos cabelos por si só.
Na verdade, o produto pode até ser prejudicial para os fios, pois pode ressecá-los, quebrá-los ou deixá-los mais porosos, dependendo da forma e da frequência de uso.
Felizmente, várias pesquisas científicas revelaram alguns métodos eficazes que podem deixar suas madeixas mais belas e nutridas. E não se esqueça: essa matéria não substitui uma consulta com dermatologista, visto que o texto tem caráter apenas informativo.
Em caso de informações mais personalizadas, vale a pena falar diretamente com um profissional capacitado para isso.
3 dicas para ter um cabelo forte e saudável
1. Evite o estresse
Você sabia que o estresse pode prejudicar o crescimento e a qualidade dos seus fios? É o que aponta um estudo realizado pela Universidade Humboldt de Berlim. Quando estamos estressados, o nosso corpo libera mais cortisol, o chamado hormônio do estresse.
Segundo a pesquisa, o cortisol interfere no ciclo e no crescimento dos cabelos, podendo causar queda e enfraquecimento dos fios.
Além disso, outro hormônio que aumenta com o estresse é a adrenalina, que provoca a contração dos vasos sanguíneos e do músculo que sustenta o cabelo. Para prevenir esses efeitos negativos sobre os fios, é importante buscar formas de relaxar e aliviar a tensão.
Algumas técnicas que podem ajudar são: praticar ioga, meditar, tomar chás calmantes, respirar profundamente, ouvir música, ler um livro, entre outras. Assim, você cuida não só da aparência dos seus cabelos, mas também da sua saúde mental e emocional.
2. Tenha uma alimentação saudável
A saúde e a beleza dos seus cabelos dependem também da sua alimentação. Alguns alimentos são fontes de nutrientes essenciais que fortalecem, hidratam e dão brilho aos fios. São eles:
- Ferro: transporta oxigênio para as células do couro cabeludo e favorece o crescimento dos cabelos. Está em carnes vermelhas magras, espinafre, feijão e cereais integrais;
- Vitamina C: combate os radicais livres que danificam os fios e estimula a produção de colágeno, que dá estrutura e resistência aos cabelos. Está em frutas como laranja, acerola, morango e kiwi, e em vegetais como pimentão, brócolis e couve;
- Vitamina A: regula a produção de sebo, que lubrifica e protege os fios, e ajuda a engrossar e aumentar a quantidade de cabelos. Está presente em legumes, como batata-doce, cenoura, abóbora e espinafre;
- Ômega 3: tem ação anti-inflamatória e antioxidante, que beneficia o couro cabeludo e previne a queda de cabelo. Está em peixes como salmão, sardinha e atum, e em oleaginosas como nozes, castanhas e amêndoas;
- Biotina: segundo pesquisas, a biotina participa da síntese de queratina, a principal proteína que compõe os cabelos. Ela pode ser encontrada em alimentos como carne e ovos.
Lembrando que, para dietas ou informações personalizadas, nunca deixe de consultar um nutricionista de sua confiança.
3. Use óleo de coco
O óleo de coco tem sido muito popular ultimamente, mas não é apenas uma moda passageira. Há alguns estudos que apoiam seus benefícios. Uma pesquisa comparou o uso de óleo de coco, óleo de girassol ou óleo mineral no cabelo antes, ou após lavá-lo.
Os cientistas avaliaram quanto de proteína o cabelo perdia com cada um desses tratamentos. O óleo de coco se saiu melhor em todos os testes e diminuiu a perda de proteína em cabelos saudáveis, descoloridos, quimicamente tratados e expostos ao sol.
Já os óleos minerais e de girassol não tiveram o mesmo resultado e não conseguiram reduzir a perda de proteína capilar.
A explicação para isso pode estar na composição química do óleo de coco, que é formado principalmente por um ácido graxo de cadeia média chamado ácido láurico. Isso faz com que ele tenha uma estrutura longa e linear, que penetra facilmente na fibra capilar.
Por outro lado, o óleo de girassol tem como principal componente o ácido linoleico, que tem uma estrutura mais ramificada, por isso não entra tão bem no cabelo.