Quem não ama a cor rosa? Seja na maquiagem, nos infinitos tipos de brinquedos para crianças, nos doces ou em produtos de beleza em geral, esse tom certamente domina as paradas. Contudo, de acordo com a ciência, o rosa sequer existe.
Esqueça as flores, os batons e o mundo da Barbie. A cor rosa não é considerada uma cor de verdade, pelo menos não da forma que muitos imaginam. Mas como isso seria possível? E como a comunidade científica pode explicar essa teoria?
Para entender melhor sobre o assunto, confira abaixo por que a cor rosa não existe para a ciência, bem como algumas curiosidades por trás desse tom tão amado pelo mundo.
Por que a cor rosa não existe para a ciência?
Apesar da ideia parecer desesperadora, ela é apenas uma forma de explicar o espectro de cores que pode ser visto pelo ser humano. Assim, para começar, é preciso voltar às leis da física.
Tudo começa com a luz, que é considerada uma onda. Assim, toda e qualquer cor de algo só pode ser determinada a partir da frequência da onda que ela reflete. A variedade de frequências de onda, por sua vez, é o que define o espectro eletromagnético.
Esse espectro possui ondas que são imperceptíveis aos olhos, como é o caso do infravermelho, dos raios gama ou do ultravioleta. Aqui, também é possível citar outros tipos, como as ondas de micro-ondas ou de rádio. Nenhuma pode ser vista.
Mas e as cores? Onde elas entram nisso? Tudo que os seres humanos são capazes de enxergar está em um intervalo menor, chamado de “luz visível”. Nele, estão tons como o vermelho, laranja, amarelo, verde, azul, índigo e violeta.
Essa é uma parte do espectro eletromagnético que os olhos são capazes de perceber. Nesse sentido, ao contrário da maioria das cores que são computadas diariamente, o rosa não pode ser representado com uma só frequência de luz: não existe rosa no arco-íris.
Mas então, como o rosa seria possível?
O olho humano possui uma série de estruturas chamadas de cones e bastonetes. Os cones são os responsáveis por detectar cores para formar uma imagem.
Nesse sentido, a retina possui três tipos de cones, capazes de detectar as frequências vermelha/laranja (R), verde/amarela (G) e azul/violeta (B). É isso que forma o sistema RGB, ou “red“, “green” e “blue“.
A partir da composição dessas três frequências, todas as outras cores percebidas pelo ser humano são formadas. O cérebro cria uma soma delas para compor as imagens observadas diariamente.
Com isso, o rosa é uma composição dos sinais recebidos pelos cones vermelho e azul. Para a ciência, o rosa “não existe” porque o sistema visual faz uma combinação de dois tons muito afastados no espectro para criá-los.
O vermelho e o azul estão em lados extremos do arco-íris, como explica Michael Moyer em seu artigo para a revista Scientific American.
Isso significa que não existe um comprimento de onda rosa. O cérebro simplesmente preenche essa lacuna e “inventa” o tom: existe uma diferença entre a cor física e a sensação da cor.
Partindo dessa afirmação, porém, também é possível dizer que nenhuma outra cor existe.