Afinal, existe número negativo no sistema dos algarismos romanos?

Saiba se existe número negativo no sistema dos algarismos romanos e quais implicações isso teve no desenvolvimento da matemática e da ciência na Roma antiga.

Os algarismos romanos são muito mais do que meros símbolos em relógios ou datas em prefácios de livros antigos.

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Eles representam uma civilização que lançou muitos dos alicerces da sociedade moderna. Mas será que nesse sistema existe número negativo?

Para responder, precisamos saber a definição de “número negativo”, sua relação com o zero e como os romanos estruturaram esse sistema antigo que prevalece ao longo dos séculos.

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Existe número negativo no sistema dos algarismos romanos?

O sistema de numeração romana não possui zero e números negativos ou decimais.

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Até a Idade Média, a ideia de “nada” como número era inexistente, o que se reflete na estrutura dos sistemas de numeração da época. Com efeito, sem o zero, números negativos e decimais, não podiam ser representados.

Basicamente, os romanos utilizavam letras do alfabeto latino como símbolos. As letras principais são I, V, X, L, C, D e M, cada uma representando um valor específico. Esse sistema é baseado em regras aditivas e subtrativas para formar diferentes números.

Por exemplo, o número 7 é representado como VII (5 + 2) e o número 9 como IX (10–1). Esses números foram desenvolvidos para facilitar a contagem e o cálculo na Roma Antiga.

A origem desse sistema remonta à Roma Antiga, onde começaram com marcas simples para registrar quantidades. Essas marcas evoluíram para símbolos mais complexos, que foram padronizados à medida que o Império Romano crescia.

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Influenciados por sistemas anteriores, como o etrusco, os romanos adaptaram e simplificaram esses símbolos. Durante a Idade Média, eles eram amplamente usados em toda a Europa para datar documentos e monumentos, mantendo seu prestígio histórico.

Por que o zero não existe em algarismos romanos?

Os algarismos romanos não incluíam um símbolo para o zero devido à natureza aditiva e não posicional do sistema. Cada símbolo representava um valor específico a ser somado ou subtraído, sem a necessidade de um marcador para “nada”.

Em outras palavras, na Roma Antiga, o conceito de zero como número não existia. A noção de “nada” era mais filosófica que matemática, e quando não havia quantidade a ser representada, não se escrevia nada.

O zero, como conhecemos hoje, só chegou à Europa bem mais tarde, com o sistema de numeração indo-arábico no século XII.

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Como dito anteriormente, a falta de um símbolo para o zero limitou o desenvolvimento matemático dos romanos. Sem ele, conceitos matemáticos mais avançados, como números negativos, não puderam ser desenvolvidos.

Embora a letra “N” tenha sido ocasionalmente usada em contextos modernos para representar o zero, essa prática não faz parte do sistema histórico romano e não é oficialmente reconhecida.

Quando surgiram os números negativos?

A introdução dos números negativos na matemática ocorreu na China há cerca de dois milênios.

Embora os chineses tivessem desenvolvido conceitos e regras para eles, a dificuldade de comunicação da época impediu que essa contribuição influenciasse significativamente o desenvolvimento da matemática no Ocidente.

Posteriormente, os hindus também começaram a trabalhar com números negativos, principalmente para indicar dívidas. Esse conhecimento foi transmitido aos matemáticos árabes, que, por sua vez, ajudaram a disseminá-lo na Europa.

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Contudo, os números negativos enfrentaram resistência e só começaram a ser aceitos por matemáticos ocidentais por volta do século XVII.

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