O planeta Terra abriga diversos povos com costumes, tradições e folclores únicos, moldados ao longo de milhares de anos. Devido à limitada comunicação entre países e regiões, essas diferenças são evidentes, especialmente na gastronomia, uma parte essencial da cultura.
Neste contexto, apresentamos alguns dos pratos mais estranhos e exóticos ao redor do mundo, refletindo a diversidade de hábitos alimentares que variam de forma significativa entre distintas nações.
8 comidas mais exóticas do mundo
1. Sannakji (Coreia do Sul)
Sannakji é um prato coreano que consiste em polvos pequenos servidos vivos. Sim, você leu certo: vivos. Os polvos são cortados em pedaços e temperados com óleo e sementes de gergelim.
Eles ainda se mexem no prato e podem até grudar na sua boca. Por isso, é preciso mastigar bem e ter cuidado para não se engasgar. Essa receita é considerada uma iguaria na Coreia do Sul e é apreciada por sua textura crocante e sabor fresco.
2. Escamoles (México)
Escamoles são as larvas de formigas que vivem nas raízes das plantas de agave. Elas são colhidas manualmente e cozidas em manteiga ou banha com cebola, alho, pimenta e coentro.
Apesar de terem uma aparência de queijo cottage, seu sabor é semelhante ao de nozes. Os escamoles são servidos como aperitivo ou recheio de tacos, quesadillas e omeletes. Eles são considerados um prato delicado e caro no México.
3. Hákarl (Islândia)
Hákarl é um prato islandês que consiste em tubarão podre. A espécie usada é o tubarão-da-Groenlândia, que tem uma carne tóxica quando fresca. Por isso, ele é cortado em pedaços e enterrado na areia por vários meses, até fermentar e perder o veneno.
Depois, ele é pendurado para secar por mais alguns meses, até ficar com uma crosta marrom. A carne é servida em cubos, acompanhada de pão preto e aguardente. Ele tem um cheiro forte de amônia e um sabor ácido e salgado. Apesar disso, é considerado um prato tradicional e um teste de coragem na Islândia.
4. Balut (Filipinas)
Balut é um prato filipino que consiste em um ovo de pato fertilizado cozido. Dentro do ovo, há um embrião de pato em desenvolvimento, com penas, bico, ossos e tudo. Ele é servido com vinagre, sal e pimenta, e deve ser consumido inteiro, desde a casca até o líquido amniótico.
Quem experimentou afirma que o ovo possui uma textura macia e um sabor rico e carnudo. Por isso, é considerado um prato afrodisíaco e nutritivo nas Filipinas.
5. Casu marzu (Itália)
Casu marzu é um queijo italiano que contém larvas vivas de moscas. Ele é feito a partir do queijo pecorino, que é deixado ao ar livre para que as moscas depositem seus ovos.
As larvas que nascem se alimentam do laticínio, causando uma fermentação avançada e uma consistência mole. O queijo é consumido com as larvas, que podem saltar até 15 centímetros.
Servido com pão e vinho tinto, ele tem um sabor forte e picante e é considerado um prato raro e ilegal na Itália, pois pode causar infecções e alergias.
6. Shirako (Japão)
Shirako é um prato japonês que é preparado com as genitálias e o líquido seminal de peixes. Ele é extraído dos testículos de espécies como bacalhau, enguia e polvo.
Ele tem uma aparência de creme branco e uma textura cremosa. Além disso, pode ser servido cru, cozido, frito ou grelhado, com molho de soja, limão, cebolinha e gengibre. Apesar da sua excentricidade, é considerado um prato refinado e sazonal no Japão.
7. Fugu (Japão)
Outro prato japonês exótico é o fugu, que consiste em peixe-baiacu, um dos mais venenosos do mundo. Ele contém uma toxina chamada tetrodotoxina, que é cerca de 1.200 vezes maior que a do cianeto, então você pode ter uma ideia de quão mortal ele é.
Por isso, só pode ser preparado por chefs licenciados e treinados, que sabem como remover as partes tóxicas do peixe. Ele é servido em fatias finas e transparentes, como sashimi, ou em sopas, caldos e guisados. A carne tem um sabor suave e uma textura firme e gelatinosa.
8. Lutefisk (Noruega)
O Lutefisk é um prato típico norueguês e, como não poderia deixar de ser, o seu principal ingrediente é o peixe. A sua preparação é longa e tediosa, visto que o peixe (normalmente o bacalhau) tem que ser marinado numa solução com soda cáustica durante alguns dias, até adquirir uma textura gelatinosa.
Em seguida, é embebido em água por vários dias e finalmente cozido no vapor por 20 minutos.