À primeira vista, nosso planeta pode parecer apenas uma esfera azulada de rocha parcialmente derretida, revestida por uma camada sólida e envolta em um fino manto de gases.
Contudo, a Terra é apenas uma pequena parcela do que pode ser encontrado no vasto Universo.
Diariamente, astrônomos realizam descobertas impressionantes sobre o cosmos, e muitas delas levantam questões e despertam curiosidade, como os objetos mais estranhos encontrados no espaço. Veja os mais interessantes a seguir.
7 objetos surpreendentes encontrados no espaço
1. Objeto Hanny
O Objeto Hanny, também conhecido como Hanny’s Voorwerp, é uma nebulosa de emissão de tamanho incomum, descoberta em 2007 por uma professora holandesa chamada Hanny van Arkel, enquanto ela participava do projeto de ciência cidadã Galaxy Zoo.
A nebulosa é iluminada pelo brilho de um buraco negro supermassivo em uma galáxia próxima, apesar de não haver sinais visíveis de atividade do quasar na galáxia atualmente.
2. Haumea
Haumea é um dos objetos mais fascinantes do nosso sistema solar, conhecido por sua forma alongada e rápida rotação. Além disso, é um dos maiores membros do cinturão de Kuiper.
Este corpo celeste se destaca por sua forma oblonga incomum, possui duas luas e um período de rotação de apenas quatro horas, o que o torna um dos objetos de rotação mais rápida no sistema solar.
Em 2017, astrônomos capturaram o momento em que Haumea transitou diante de uma estrela, revelando, para surpresa de muitos, a presença de anéis incrivelmente finos ao seu redor, sugerindo a possibilidade de terem sido formados por uma colisão antiga.
Originalmente identificado como “2003EL61” devido ao ano de sua descoberta, foi posteriormente batizado como Haumea, inspirado na deusa havaiana do parto e fertilidade.
3. Oumuamua
Oumuamua é o primeiro objeto interestelar conhecido a visitar o nosso sistema solar. Detectado em outubro de 2017, seu nome vem do havaiano e significa “mensageiro de longe que chega primeiro”.
No entanto, sua falta de atividade cometária e aceleração inexplicável intrigaram cientistas. Com uma forma alongada e cor avermelhada, ‘Oumuamua’ é possivelmente rochoso e metálico, sem água ou gelo, e sua superfície pode ter sido tingida por raios cósmicos.
Apesar das observações, sua natureza permanece um mistério, com teorias variadas, como a de um estudo recente que sugere propulsão por gás hidrogênio.
4. Objeto de Hoag
O Objeto de Hoag, situado na constelação da Serpente a 600 milhões de anos-luz da Terra, é uma galáxia anelar atípica.
Descoberto em 1950 por Arthur Hoag, inicialmente foi confundido com uma nebulosa planetária.
No entanto, observações posteriores revelaram um anel de estrelas, desafiando a classificação convencional de galáxias.
Diferente daquelas que possuem o formato espiral, o núcleo do Objeto de Hoag está isolado, cercado por um anel distante de estrelas.
A origem deste anel ainda é um mistério, mas a teoria mais aceita sugere uma colisão galáctica ocorrida há bilhões de anos.
5. Pasta nuclear
É a substância mais resistente do universo criada a partir dos remanescentes de uma estrela colapsada.
Simulações indicam que, sob pressões gravitacionais extremas, prótons e nêutrons na superfície externa de uma estrela de nêutrons podem se compactar em estruturas densas e complexas.
Essas estruturas, comparáveis a massas de linguine, só se romperiam sob uma força equivalente a dez bilhões de vezes aquela necessária para fraturar o aço.
6. Galáxia “fantasma” (DGSAT I)
A galáxia DGSAT I desafia as expectativas como uma galáxia ultra difusa (UDG), que, apesar de ter o tamanho de uma galáxia típica, possui estrelas tão dispersas que quase se torna invisível.
Contrariando as teorias prevalecentes, a DGSAT I não foi localizada em um aglomerado de galáxias, onde se acreditava que as UDGs se originavam como galáxias comuns que se desintegravam em estruturas porosas devido a eventos tumultuosos.
A posição isolada da DGSAT I a torna uma exceção formidável, oferecendo uma oportunidade única para estudar sua história com maior clareza.
7. Nebulosa do Retângulo Vermelho
Por fim, a Nebulosa do Retângulo Vermelho é uma nebulosa protoplanetária com uma forma distintamente retangular e uma cor vermelha intensa.
Localizada a aproximadamente 2.300 anos-luz da Terra, ela é o resultado de uma estrela semelhante ao Sol se aproximando do final de sua vida e expelindo suas camadas externas, criando a nebulosa.
Os astrônomos acreditam que sua tonalidade avermelhada é causada pela emissão de luz de hidrocarbonetos complexos.