A literatura é uma arte que acompanha boa parte das pessoas por toda sua vida. Ela não exige de ninguém grandes habilidades, como a música ou a pintura: para alcançá-la, basta ser um eterno curioso.
Para muitos, os livros podem ser melhores amigos. Ao longo dos anos, as obras vão se multiplicando, cada uma de um lugar do mundo: essa é a beleza e a magia de explorar a literatura.
Decidir quais títulos ler, porém, pode ser uma tarefa difícil, considerando a infinidade de opções. Nesse sentido, conhecer pelo menos alguns dos mais aclamados ao longo dos tempos é fundamental.
Pensando nisso, confira abaixo alguns dos livros que já conquistaram leitores do mundo todo por sua relevância e imenso impacto na vida humana, seja por conta de suas histórias ou pelo que já fizeram as pessoas sentir.
7 livros que todas as pessoas precisam ler
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Os romances produzidos ao longo do século XX são alguns dos mais potentes retratos da humanidade. Foto: Reprodução / Pexels
1. Grande Sertão: Veredas, de Guimarães Rosa
Publicado em 1956, Grande Sertão: Veredas é uma das obras mais emblemáticas do talentoso João Guimarães Rosa, além de ser um dos mais importantes marcos da literatura brasileira.
A história acompanha Riobaldo, narrador que apresenta um relato sobre sua vida, explorando o sertão, as guerras e o amor perdido de Diadorim.
Grande Sertão é uma viagem pelo acaso, pelo destino e pela filosofia humana. Muito psicológico e poético, esse é um livro essencial para quem ama o cerne da literatura: as palavras.
2. Cem Anos de Solidão, de Gabriel García Marquez
Não seria possível fazer uma lista sobre os romances contemporâneos mais fundamentais sem citar Cem Anos de Solidão.
Um clássico do colombiano Gabriel García Marquez, nessa obra, o autor narra a incrível e triste história dos Buendía-Iguarán, apresentando o universo da fictícia terra de Macondo.
Lá, o leitor acompanha diversas gerações da família, assim como a ascensão e queda do vilarejo. Uma verdadeira viagem pelas dores e belezas da cultura latino-americana, com foco na colombiana.
3. Quarto de Despejo, de Carolina Maria de Jesus
Quarto de Despejo é um compilado de diários de Carolina Maria de Jesus, que retratou em sua obra as memórias de uma mulher negra e favelada que encontrou na escrita uma forma de sair da invisibilidade social.
Publicado em 1960, ele conta sobre o cotidiano da mulher negra, mãe solo e residente da favela do Canindé, em São Paulo, como catadora de papel.
Consideravelmente inovador para a época, Carolina deu voz a uma classe oprimida e rechaçada por conta da desigualdade e do racismo.
4. A Metamorfose, de Franz Kafka
Você com certeza já ouviu falar desse livro: um marco dos trabalhos do escritor austro-húngaro Franz Kafka, essa obra é curta, e pode ser lida em um só dia. Suas reflexões, porém, são infinitas.
A Metamorfose conta a história de Gregor Samsa, um homem que, ao acordar para trabalhar em um dia qualquer, descobre que se transformou em um bicho parecido com uma barata.
Utilizando essa transformação como metáfora, Kafka trabalha com maestria o sentimento de desumanização e perda de identidade, lidando com temas fundamentais para uma sociedade na época da Primeira Guerra Mundial.
5. O Apanhador no Campo de Centeio, de D. J. Salinger
Publicado em 1951, esse é considerado um dos romances mais inovadores de sua época por tratar de temas como a adolescência, conflitos geracionais e sexualidade.
A obra apresenta a história de Holden Caulfield, um jovem de 17 anos que lida com a angústia, insegurança e solidão ao entrar na vida adulta.
Ao longo do livro, é possível acompanhá-lo em suas críticas à sociedade e ao mundo dos adultos, que são lidos como falsos e hipócritas.
6. O Conto da Aia, de Margaret Atwood
Situado na Nova Inglaterra de um futuro próximo, O Conto da Aia trata de um governo totalitário e fundamentalista cristão que derrubou o governo dos Estados Unidos. Esse, porém, é o menor dos problemas da população.
A obra explora temas fortes, como a subjugação das mulheres e a forma como elas perdem, aos poucos, o individualismo e a independência. Essa é uma verdadeira viagem pelo ativismo político, ambiental e pelas causas feministas.
7. A Casa dos Espíritos, de Isabel Allende
Mais uma obra-prima do realismo fantástico, A Casa dos Espíritos retrata a vida de uma família ao longo de 70 anos em um país fictício similar ao Chile.
Como personagens principais, são apresentadas três mulheres que têm o dom da clarividência, e precisam conviver com um rígido e totalitário patriarca.
Em seu livro, Allende cria um universo familiar cativante, capaz de expor uma série de questões da América Latina, tanto domésticas quanto coletivas.