Todos os países do mundo possuem sua própria cultura, seus rituais, seus costumes e, principalmente, sua culinária. Apesar de certos alimentos serem considerados comuns em determinados lugares, para os estrangeiros, eles podem ser taxados até mesmo de bizarros. Ao analisar do ponto de vista brasileiro, por exemplo, é possível encontrar vários exemplos de comidas “estranhas” ao redor do globo.
Você sabia que em certo país do sudeste asiático são consumidas tarântulas fritas? Ou tubarões podres em uma região nórdica? Para conhecer mais sobre alguns destinos culinários questionáveis no planeta, descubra hoje pratos da culinária mundial diferenciados, e praticamente impossíveis de se encontrar sendo consumidos normalmente no Brasil.
7 comidas “estranhas” ao redor do mundo
1. Sōnghuādàn, China
O Sōnghuādàn, ou “ovos centenários”, é um prato extremamente incomum e uma iguaria da China, conhecida por manter um equilíbrio delicado entre sabores ácidos, agridoces e picantes. Esse alimento, por sua vez, consiste em ovos de pato que são salgados e colocados para descansar em cinzas por 100 dias.
Por conta dos processos químicas, o ovo fica transparente, com cheiro de amônia e sabor acentuado. Ele só costuma ser indicado para pessoas com estômago forte, ou que gostam de experimentar coisas diferentes.
2. Pernas de rã, França
Anualmente, no mundo inteiro, cerca de 100 milhões de sapos são capturados para serem utilizados como alimento. Por sua vez, os franceses são de longe os maiores consumidores desse anfíbio, verdadeiros fãs de pernas de rã, por exemplo. O alimento é rico em proteínas, vitamina A, potássio e ácidos graxos ômega-3.
Embora sejam mais comuns na culinária francesa, também é possível encontrar essa iguaria em outras partes do planeta, como a Indonésia, Caribe, China e Tailândia.
3. Haggis, Escócia
O Haggis é um prato escocês feito com pulmão, estômago, fígado de ovelha e coração. Assim como outros tipos de linguiça, o estômago é recheado com sebo, carnes de órgãos, aveia, cebola e temperos, e todos os ingredientes são fervidos juntos por aproximadamente 3 horas.
Normalmente, esse prato é servido com acompanhamentos como nabos e purê de batata, bem como um pouco de uísque.
4. Vinho de cobra, Vietnã
Um famoso vinho vietnamita costuma ser processado por meio da fermentação de uma cobra ou escorpião morto em uma garrafa contendo licor de vinho de arroz ou álcool de grãos. Com isso, o veneno é desativado pelo etanol. Em vários países, a importação desse vinho é ilegal, pois as cobras estão na lista das espécies ameaçadas de extinção.
Esse vinho também é parte da cultura chinesa, e pode ser feito com outros animais peçonhentos, como o sapo. Supostamente, todos possuem propriedades medicinais.
5. Hakarl, Islândia
O hakarl é um prato que costuma ser servido durante o Festival de Inverno da Islândia, em Thorrablot. Ele consiste em, basicamente, carne de tubarão estragada, deixada para se decompor no solo por alguns meses. Após recuperada, a carne é deixada em um escorredor por dois meses ou mais, tornando-se uma polpa branca.
É importante ter em mente que a única maneira de comer um tubarão é por meio desse processo, visto que as altas quantidades de ácido úrico tornariam a carne tóxica.
6. Vermes do coco, Vietnã
Os vermes do coco são uma espécie de larva de besouro. Os besouros colocam ovos dentro dos cocos, e as larvas crescem ali. Elas estragam o coco, mas como os vermes são uma iguaria para os vietnamitas, são recuperadas para serem ingeridas de várias maneiras.
Ultimamente, está se tornando cada vez mais popular oferecer o prato aos turistas, e os vermes são servidos fritos, fermentados em ensopado ou simplesmente crus.
7. Queijo podre, Itália
Na Sardenha, um dos pratos mais famosos de todos só poderia ser o casu marzu, ou literalmente “queijo podre”. O nome do queijo não está relacionado ao fato do queijo ser podre, que definitivamente não é, mas sim às larvas.
O casu marzu é uma espécie de queijo pecorino envelhecido, onde são colocados buracos. O queijo é deixado do lado de fora para que moscas depositem seus ovos nele, e assim que os ovos são abertos, as larvas se alimentam da iguaria. Duro por fora, seu interior parece uma massa espessa, e o “queijo podre” deve ser comido enquanto os vermes ainda estão vivos.