6 mentiras que todo mundo já acreditou uma vez na vida

A ciência progride continuamente, com a sociedade adotando novas formas de pensar e desmitificando mentiras propagadas em campos diversos.

Antes de Copérnico, acreditava-se que a Terra era o centro do sistema solar e, antes de Pasteur, pensava-se que as doenças eram causadas por "maus ares".

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Pesquisadores de diversas áreas científicas constroem conhecimento coletivo, questionando hipóteses para encontrar explicações sólidas sobre o funcionamento do mundo.

Portanto, não é incomum que muitas descobertas sejam posteriormente refutadas. No entanto, essas inverdades ainda podem persistir na cultura popular mesmo após serem esclarecidas. Veja alguns exemplos a seguir.

6 mitos que a maioria das pessoas acredita

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1. Mapa da língua

Nas últimas décadas, a ciência identificou diversas proteínas receptoras nas células gustativas que são essenciais para detectar sabores.

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Contrariando a crença popular do "mapa da língua", que sugere áreas específicas para cada sabor, sabe-se que todos os tipos de receptores gustativos estão distribuídos por toda a língua, permitindo a detecção de sabores em qualquer parte dela.

Além disso, experimentos simples, como provar café, refrigerante ou algo salgado em diferentes partes da língua, demonstram que é possível perceber uma diversidade de sabores em toda a sua extensão.

2. A regra dos 5 segundos

A chamada "regra dos cinco segundos" sugere que alimentos caídos no chão ainda são seguros para consumo se recolhidos rapidamente.

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Contudo, pesquisas desmentem essa crença. Jillian Clarke, da Universidade de Illinois, foi premiada com um Ig Nobel em 2004 após demonstrar que alimentos podem ser contaminados por E. coli em contato breve com uma superfície infectada.

Um estudo de 2006 também revelou que a salmonela pode contaminar alimentos como pão e mortadela em contato com superfícies contaminadas, independentemente do tempo de exposição.

Embora a investigação tenha encontrado variações na transferência de bactérias dependendo do tipo de superfície, a regra dos cinco segundos não é considerada cientificamente válida para garantir a segurança alimentar.

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3. Alongar antes do treino melhora o desempenho

Para a maioria das pessoas que frequentam academias e praticam esportes por lazer, o alongamento tende a ser benéfico, facilitando a execução de exercícios e melhorando a flexibilidade das articulações.

No entanto, estudos apontam que atletas de alto rendimento podem ter seu desempenho comprometido se realizarem alongamentos prolongados antes da atividade.

Isso pode levar a uma sobrecarga muscular indesejada, afetando negativamente a performance em esportes que exigem explosão muscular, como corridas de velocidade, saltos ou levantamento de peso.

4. Usamos apenas 10% do nosso cérebro

A noção de que usamos apenas 10% do nosso cérebro é um mito. Na verdade, utilizamos todo o cérebro, que está ativo mesmo durante o sono e consome uma parte significativa da energia do corpo.

A origem desse mito pode ser rastreada até o início do século XX, mas não há evidências científicas que o sustentem.

Ele já foi refutado por diversas pesquisas, incluindo um estudo na revista Frontiers in Human Neuroscience.

A ressonância magnética funcional (fMRI), uma técnica de imagem cerebral, revela que usamos a maior parte do órgão na maioria das vezes, inclusive durante tarefas simples e em estados de repouso ou sono.

A atividade cerebral varia entre indivíduos e depende das atividades ou pensamentos em andamento.

5. Comer uma maçã por dia evita doenças

O provérbio "Uma maçã por dia mantém o médico longe" é uma expressão popular que encoraja uma alimentação saudável. Contudo, não há garantias de que comer maçãs evite visitas ao médico.

Um estudo de 2015, que analisou a dieta de 753 indivíduos que consumiam maçãs diariamente, não encontrou correlação entre o consumo da fruta e um menor número de consultas médicas.

Apesar disso, as maçãs são benéficas à saúde, por serem ricas em água, potássio e fibras, e harmonizam com outros alimentos nutritivos.

6. Todas as abelhas morrem depois de picar

É comum ouvir que as abelhas morrem após picar alguém, mas isso se aplica apenas às abelhas melíferas.

Elas possuem ferrões com farpas que, ao picar, ficam presos na pele da vítima, levando à ruptura do abdômen da abelha quando ela tenta se libertar.

No entanto, estudos demonstraram que outros insetos como zangões e vespas não têm essa característica e podem picar múltiplas vezes sem se ferir.

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