Autodisciplina significa ter o domínio e a capacidade de gerir as próprias tarefas, estabelecer e atingir metas, concentrar-se nas atividades diárias até a conclusão e evitar distrações no caminho.
Embora possa ser desafiadora e às vezes desconfortável, essa habilidade requer autocontrole e a adoção de hábitos que fortaleçam a disciplina na execução de tarefas e projetos de estudo ou trabalho.
Isso auxilia na superação da procrastinação e no melhor gerenciamento do estresse. Conheça algumas formas poderosas apoiadas pela ciência que podem contribuir para isso.
6 estratégias poderosas para cultivar autodisciplina
1. Evite bloquear sua vontade
Estudos sugerem que a autoafirmação pode ser uma ferramenta poderosa para aumentar o autocontrole e autodisciplina, especialmente quando você sente que está perdendo a força de vontade.
Uma pesquisa divulgada no Journal of Personality and Social Psychology aponta que ao enfrentar uma decisão, a escolha das palavras “Eu não faço isso” em vez de “Eu não posso fazer isso” pode ter um grande peso na sua capacidade de manter o autocontrole.
Quando você diz “eu não posso”, está criando um ciclo de feedback negativo que reforça suas limitações, ou seja, essa expressão sugere que você está se obrigando a fazer algo contra sua vontade.
Experimente, portanto, reforçar para si que você simplesmente não pratica o hábito em questão, ao invés de se castigar com o pensamento de “eu não posso”.
2. Durma bem
Um bom sono é vital para o desempenho eficiente do cérebro e a manutenção da autodisciplina no dia a dia.
A falta de sono, mesmo que seja apenas uma redução para menos de seis horas por noite, constitui um estresse crônico que afeta negativamente o uso de energia pelo corpo.
Estudos apontam que o impacto é particularmente severo no córtex pré-frontal, que perde sua capacidade de regular áreas cerebrais responsáveis por gerar desejos e reagir ao estresse.
Por outro lado, pessoas que sofrem de privação de sono e conseguem dormir bem por uma noite não apresentam mais os sinais de comprometimento no córtex pré-frontal em exames cerebrais subsequentes.
3. Acredite na sua força de vontade
Pesquisas indicam que a percepção sobre a força de vontade influencia sua eficácia. Um estudo de Stanford em 2010 revelou que pessoas que veem a força de vontade como ilimitada possuem maior autocontrole do que as que a consideram finita.
Na prática, se você tiver uma noite ruim, por exemplo, e afirmar mentalmente que você se sentirá bem, mesmo não tendo dormido o suficiente, pode melhorar seu estado no dia seguinte.
Essa atitude positiva pode fortalecer sua autodisciplina e capacidade de resistir a impulsos, contribuindo para o bem-estar geral.
4. Ouça sua voz interior
Um estudo de 2010 indicou que suprimir o diálogo interno pode afetar a autodisciplina. Durante um experimento, participantes engajaram-se em um jogo que demandava o controle de impulsos para a tomada de decisões certas.
Paralelamente ao jogo, realizavam uma de duas tarefas distrativas. Um grupo de participantes repetia incessantemente a palavra “computador”, o que consumia sua capacidade verbal e, por conseguinte, inibia seu diálogo interno.
O outro grupo desenhava círculos continuamente com a mão não dominante, uma tarefa que distraía sem interferir no diálogo interno.
Os resultados mostraram que aqueles que tiveram o diálogo interno suprimido apresentaram pior desempenho, tendo mais dificuldade em controlar impulsos.
5. Seja otimista
Pesquisas sugerem que, ao nos esforçarmos para ser bem-sucedidos, tendemos a fazer previsões positivas sobre nossa habilidade de atingir metas. Isso, por sua vez, impulsiona nosso empenho em alcançá-las.
Em contrapartida, quando somos incentivados a adotar uma postura racional e precisa sobre nossas chances de superar desafios futuros, ficamos menos otimistas e mais desmotivados.
6. Pense de forma abstrata
Por fim, a ciência também revela que adotar uma perspectiva abstrata, focando no panorama geral ao invés de detalhes, pode reforçar o autocontrole e a resistência a tentações.
Uma pesquisa mostrou que estudantes que pensavam de forma abstrata tinham mais sucesso em manter o foco nos estudos, avaliando as distrações como menos atraentes, em comparação com aqueles que pensavam de maneira concreta.