6 expressões que todo mundo usa, mas poucos sabem os significados

Confira abaixo os significados de algumas expressões que todo mundo usa, mas nem sempre sabem o motivo.

Lidar com a Língua Portuguesa envolve, muitas vezes, “fingir saber do que está falando”. Por ser tão vasta e possuir tantas possibilidades, apenas seguir o fluxo acaba sendo a melhor decisão.

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Nesse quesito, é impossível não lembrar das expressões que todo mundo usa, mas poucos sabem o que significa. Você com certeza já deve ter ouvido alguém falar — ou até mesmo falou — que algo é uma “ideia de jerico” sem ter a menor ideia do que isso representa.

Ou talvez já tenha “perdido as estribeiras”, mesmo que você não saiba o que é uma dessas. Para entender melhor sobre o assunto, confira abaixo alguns exemplos de expressões que todo mundo usa, mas que talvez nem todos saibam quais são seus significados.

6 expressões que todo mundo usa — e seus significados

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1. Casa da Mãe Joana

Mas, afinal, onde exatamente seria essa casa? A explicação para essa expressão exige fazer uma viagem pela história. No século XIV, a rainha de Nápoles, chamada Joana I, tornou-se uma fugitiva por ter sido acusada de participar de uma conspiração.

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Tal conspiração, por sua vez, teria desencadeado na morte de seu esposo. Enquanto isso, indignado, o cunhado da rainha e também rei da Hungria, Luís I, invadiu a região, o que obrigou Joana a fugir.

A rainha então partiu para Avignon, na França, onde passou a reinar. Na região, regulamentou os bordéis, que começaram a ser chamados de “Paço da Mãe Joana”. No Brasil, “paço” foi substituído por “casa”.

2. Para inglês ver

Existem algumas coisas que as pessoas fazem que certamente parecem que são apenas “para inglês ver”. Essa expressão também é histórica e envolve a influência da Coroa Inglesa no Brasil.

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Durante o Império, o regime britânico colocou uma forte pressão no Brasil para que o país passasse a combater o tráfico de escravos. As autoridades brasileiras, por sua vez, diziam estar tomando medidas para fazê-lo.

Contudo, pouquíssimo era realmente feito para que essa realidade mudasse. No fim, as ações eram apenas “para inglês ver”.

3. Voto de Minerva

Minerva, na versão romana da mitologia grega, é a deusa equivalente a Atena, que domina a razão e a justiça.

Em um dos contos da mitologia, o humano Orestes teria matado sua própria mãe e o amante dela para vingar o falecimento do pai, Agamenon.

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Em um julgamento presidido pela deusa Atena, onde seria definido se Orestes poderia ser condenado à morte, 12 cidadãos realizaram seus votos.

Contudo, houve um empate, e o voto final dependeu de Atena, ou Minerva. Por fim, a deusa acabou inocentando o mortal.

4. Fazer uma vaquinha

Quem nunca participou de uma vaquinha para comprar alguma coisa para um amigo ou ajudar uma causa solidária? A explicação para essa expressão envolve outra grande paixão brasileira: o futebol.

Em 1920, a torcida do time do Vasco da Gama criou uma forma interessante de incentivar os jogadores: para isso, eles arrecadavam dinheiro e davam prêmio aos atletas.

A regra dessa manobra era inspirada no jogo do bicho. Se o placar fosse 1 a 0 (considerado 10, o coelho do bicho), o prêmio seria de 10 mil réis. Um dos mais cobiçados era a vaca (25), ou seja, uma partida de 2 a 5, que renderia 25 mil réis.

5. Meia tigela

Ser chamado de qualquer coisa “meia tigela” certamente dói, mas, na época em que o termo foi criado, poderia ser ainda pior.

Na monarquia portuguesa, todos os funcionários da coroa recebiam sua comida com base no serviço que realizavam.

Assim, enquanto alguns poderiam receber uma tigela inteira de comida, os “menos importantes” (com muitas aspas) só receberiam meia tigela.

6. Custar os olhos da cara

Nem sempre é possível comprar certas coisas, já que a probabilidade delas custarem os olhos da cara é enorme. Mas de onde viria essa expressão?

Uma das teorias mais aceitas é a de que Diego Almagro, o espanhol que foi um dos conquistadores da América, teria perdido um de seus olhos ao tentar invadir uma fortaleza inca.

Assim, ao encontrar o imperador Carlos I, afirmou que “defender a Coroa espanhola me custou um olho da cara”.

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