O Ano Novo se aproxima e com ele a necessidade de abrir caminhos e melhorar o rumo da vida. Seja para ter um rendimento melhor, ser mais feliz em casa ou no trabalho, ou ainda atrair fortuna, muitas pessoas realizam diferentes rituais ao redor do mundo antes da última badalada da meia-noite do dia 31 de dezembro.
Os rituais são uma das formas que o ser humano encontrou, em determinado momento de sua evolução, para se conectar com suas divindades. Desse modo, para serem realizados na antiguidade, eles exigiam datas exatas, materiais específicos, estudos astronômicos e outras coisas mais complexas.
Antes da propagação do cristianismo, várias culturas e grupos realizavam rituais. Os de natureza religiosa eram chefiados por sacerdotes ou sacerdotisas. Mas, com a popularização do catolicismo, as cruzadas e depois a inquisição, grupos secretos de ocultismo começam a aparecer.
Contudo, hoje os rituais são mais vistos como canalização e redirecionamento de energia que visa atrair boa sorte, fortuna, amor e até mesmo saúde e prosperidade. Confira a seguir exemplos de crenças e tradições de Ano Novo que variam de acordo com cada cultura ao redor do mundo.
5 rituais curiosos de Ano Novo praticados ao redor do mundo
1. Quebrar louças (Dinamarca)
Em algumas áreas da Dinamarca, ainda se mantém o velho, perigoso e muito aliviador do estresse ritual de quebrar a louça após o jantar da véspera de Ano Novo.
Acontece que a tradição em questão envolve quebrá-los e esmagá-los contra a porta de seus amigos como sinal de carinho e para mostrar o desejo de que essa amizade dure para sempre.
Outra teoria diz que a crença por trás desse costume é que destruir a louça afasta os maus espíritos e traz boa sorte para quem mora na casa. Uma vez quebradas, as louças se acumulam na porta de suas casas, assim, quem acumular mais destroços terá o melhor Ano Novo.
Além disso, os dinamarqueses pulam de cima de uma cadeira na passagem de ano, precisamente às 00 horas da noite, também com a intenção de trazer boa sorte.
2. Estampa de bolinhas (Filipinas)
Os filipinos costumam comemorar a chegada do ano novo em grande estilo, com uma particularidade: as bolinhas. Por isso, tanto na decoração quanto no vestuário das pessoas, elas devem levar algumas destas figuras impressas para que o próximo ano seja material e espiritualmente próspero. Além disso, os alimentos devem ter, preferencialmente, formato circular.
3. Passeio com mala e beijos à meia-noite (América do Norte e América do Sul)
No continente norte-americano, a tradição mais romântica, ou pelo menos mais beijoqueira, é encabeçada pelos Estados Unidos, porque o beijo da meia-noite não pode faltar por lá.
Apesar de não se saber a origem deste ritual, há quem acredite que seja diretamente da época romana, já que durante a festa da Saturnália todos os participantes se beijavam. Os americanos acreditam que, dessa forma, a infelicidade e solidão desaparecerão nos próximos 365 dias, sobretudo se o beijo for dado embaixo de uma árvore chamada visco.
Já na América do Sul, os habitantes estão mais empenhados em atrair viagens para o ano novo ao fazerem o ritual de passear com a mala. Essa tradição é realizada em vários países da América Latina, incluindo Peru e Uruguai.
Em suma, consiste em preparar uma mala para uma viagem e dar a volta no quarteirão da sua rua pouco antes da meia-noite. Isso garante um ano cheio de viagens pelo mundo, segundo a crença.
4. Pendurar cebolas (Grécia)
Essa tradição, conhecida como “Kremmida”, é realizada em todas as casas da Grécia e consiste em pendurar uma cebola na porta de todas as casas no Ano Novo.
O vegetal simboliza o renascimento de um novo ano que começa, e não termina aí, também é usado para acordar as crianças na manhã seguinte, buscando transferir a boa energia do Kremmida para os pequenos.
5. 108 badaladas dos sinos (Japão)
A véspera de Ano Novo e o Ano Novo são uma das comemorações mais importantes do calendário japonês. Lá, o festival é chamado de Ōmisoka e é acompanhado por inúmeros rituais e tradições.
Desse modo, durante o dia 31 de dezembro, é realizada uma limpeza de casas, escritórios, templos e santuários e até escolas; uma jornada conhecida como Ōsōji, para dar as boas-vindas ao ano que se aproxima, tendo se livrado das influências impuras trazidas pela estação que está prestes a partir.
Com a chegada do dia 1º de janeiro, o ano novo é recebido com o som de 108 badaladas dos sinos de todos os templos do Japão, isso se deve à crença budista de que o ser humano é atormentado por 108 desejos mundanos ou paixões. Além disso, é costume comer as tradicionais tigelas de massa, Toshikoshi-Soba, por serem símbolo de longevidade.