Os nossos hábitos no dia a dia podem ser o que definem o nosso sucesso.
Enquanto alguns comportamentos são extremamente saudáveis e podem nos levar longe nas mais diversas áreas, seja na vida pessoal, profissional ou amorosa, outros podem ser o motivo pelo qual não somos capazes de dar o próximo passo, logo, evoluir.
Essas ações profundamente enraizadas e normalmente inconscientes são o que causam tantas rupturas em nossa rotina sem que sejamos capazes de perceber.
Mas então, como acabar com isso? Para começo de conversa, de modo que seja possível cortar esse mal pela raiz, é necessário conhecê-lo. Assim, saber reconhecer certas manias é fundamental para exterminá-las antes que evoluam.
Pensando nisso, confira abaixo 5 manias de pessoas que se sabotam em sua rotina sem ao menos perceber e descubra como desvencilhar-se delas pelo seu bem.
5 manias de pessoas que se sabotam
Os comportamentos viciosos mais comuns podem levar à sabotagem. Foto: Reprodução / Pexels
1. Procrastinação
A procrastinação é um desafio que todos nós enfrentamos pelo menos uma vez na vida. Desde os primórdios da humanidade, lutamos contra prazos, enrolamos e evitamos obrigações, especialmente quando elas são importantes.
De acordo com um artigo de pesquisadores da Universidade de Jiaotong, na China, publicada na Frontiers in Psychology, a procrastinação costuma ser percebida como uma tendência comportamental comum, e existe um número crescente de literaturas que exploram esse fenômeno complexo.
No geral, acredita-se que esse fenômeno seja uma falha de auto-regulação, associada com uma variedade de determinantes pessoais e situacionais.
É comum que muitos descartem a procrastinação como nada além de preguiça ou falta de disciplina, mas ela vai muito além disso. Afinal, para vencê-la, é necessário explorar as emoções atreladas a ela, encontrando formas mais saudáveis de fazer sua manutenção.
2. Medo de errar
O medo é o maior sabotador existente. É ele que nos impede de ir atrás dos nossos sonhos e de conquistar cada vez mais melhorias para nossas vidas.
De certa forma, o medo pode ser saudável, visto que é ele que regula a autopreservação. Sua presença evita que nos arrisquemos demais, principalmente quando se trata do perigo desnecessário.
Contudo, quem vive da auto-sabotagem tem um medo constante de errar. É a partir disso que uma pessoa deixa de assumir tarefas por acreditar que não será capaz de realizá-las, ou por não se achar digno.
Futuramente, isso pode afetar o círculo social e as relações como um todo.
3. Perfeccionismo
O perfeccionismo é o ambiente ideal para criar uma mentalidade de 8 ou 80.
A partir desse comportamento, é comum que muitas pessoas acreditem que eles precisam atingir ideais impossíveis — ou simplesmente evitá-los a todo custo.
Essa constante busca pela perfeição pode causar uma espécie de falta de autoconfiança crônica, além de comportamentos de evasão sempre que o que é perfeito parecer inalcançável, de acordo com a psicóloga Amy Morin em seu livro “13 Things Mentally Strong People Do”.
Assim como muitos outros gatilhos da auto-sabotagem, libertar-se do perfeccionismo envolve entender de onde ele vem. Na maioria das vezes, é possível encontrá-lo dentro do medo e da insegurança.
4. Impulsividade
Você é uma pessoa impulsiva? Sente que sempre faz tudo em seu dia a dia sem pensar duas vezes, sem considerar os prós e contras daquela ação ou imaginar suas consequências?
A impulsividade também é muito associada à auto-sabotagem. Alguns exemplos incluem agir quando está frustrado ou tomar decisões impensadas, capazes de prejudicar de forma grandiosa seus objetivos à longo prazo.
A Ciência relaciona a baixa regulação emocional aos desafios na manutenção de comportamentos voltados para metas. De acordo com o estudo The Willpower Instinct, da PhD Kelly McGonigal, são esses comportamentos que resultam nos famosos padrões de auto-sabotagem que conhecemos.
5. Comparação constante
A grama do vizinho sempre parece mais verde. A vida do outro sempre parece melhor e mais perfeita que a nossa, mas isso só ocorre porque não convivemos o tempo inteiro com aqueles que não conseguimos parar de nos comparar.
O excesso de comparação com pessoas ao nosso redor faz com que acreditemos em uma inferioridade criada pela mente, mas que não existe. Essa é uma das formas mais eficazes de se sabotar.
No geral, pessoas com baixa autoestima têm um histórico de duvidar de suas habilidades e acreditar mais nas dos outros. Baumeister, Krueger, Campbell e Vohs exploram isso em seu estudo publicado na Sage Journals.
Nesse sentido, esse processo gera um ciclo de pensamentos negativos, capazes de instruir ainda mais as piores manias possíveis. E é assim que tudo começa de novo.
