A dominação do Império Egípcio e seus grandes feitos para a humanidade ainda são tópicos estudados de forma extensiva nas escolas. Afinal, sua influência perpassa a antiguidade, bem como suas invenções, que ainda são utilizadas no dia a dia do mundo inteiro.
Tendo controlado o norte da África por mais de três mil anos, os egípcios foram detentores da força cultural, filosófica e inovadora ao longo dos séculos. Para entender melhor o assunto, confira abaixo 5 invenções egípcias essenciais para a rotina.
5 invenções dos egípcios que ainda são utilizadas no dia a dia
1. Maquiagem
Quando se trata de longevidade, as invenções do Império Egípcio certamente deixaram sua marca. A sombra para os olhos, por exemplo, foi inventada por seu povo em 4000 a.C. e nunca saiu de moda.
De forma ainda mais impressionante, muitas culturas ainda fazem maquiagem utilizando as mesmas técnicas da Idade Antiga, das quais os egípcios eram pioneiros há milênios atrás.
Para isso, é combinada fuligem com galena, um minério que cria um pigmento escuro, conhecido como kohl. Cores como o verde, por exemplo, são criadas pela combinação de minerais como malaquita e galena.
2. Linguagem escrita
O uso de figuras para contar histórias não era nenhuma novidade antes da dominação dos egípcios. Afinal, pinturas em cavernas encontradas na França e na Espanha datam de cerca de 30000 a.C.
Contudo, tais desenhos e pinturas não evoluíram para o método da linguagem escrita por milênios. Os primeiros sistemas do tipo, por sua vez, surgiram das terras do Egito e da Mesopotâmia.
Inicialmente, o sistema de escrita egípcio era composto de pictogramas, iniciado em 6000 a.C. O formato, porém, possuía muitas limitações. Com o tempo, o Império adicionou novos elementos para facilitar sua comunicação, o que inclui símbolos que se assemelhavam ao alfabeto.
A partir de então, seu povo passou a ser capaz de escrever seus nomes e outras ideias abstratas. Atualmente, os egípcios ainda são conhecidos pela criação dos hieróglifos, uma mistura de alfabeto, símbolos silábicos e ideogramas, ou imagens que formavam palavras.
3. Calendário
O que seria da civilização sem o calendário? Essencial para organizar a rotina e todos os eventos ao longo do ano, nos tempos antigos, seu uso ia muito além disso. Para os egípcios, um calendário era a diferença entre a fome e a fartura.
Sem esse item, os povos antigos não teriam como saber quando a inundação anual do rio Nilo começaria. Não ter a ciência de tal informação colocaria o sistema de agricultura inteiro dos egípcios em risco.
Para evitar problemas do tipo, alguns milhares de anos antes da Era Comum, o calendário foi estabelecido no Império. Ele era dividido em três estações primárias: inundação, crescimento e colheita.
Cada estação possuía quatro meses e cada mês, 30 dias. Fazendo a soma, era possível alcançar 360 dias em um ano, o que é um pouco mais curto do que o sistema atual. A diferença era compensada com cinco dias extras de feriados religiosos.
4. Relógio
De modo que fosse possível saber as horas, os egípcios inventaram dois tipos de relógio. No primeiro, obeliscos eram utilizados como relógios solares, onde a movimentação das sombras ao longo do dia revelava o período correto.
No segundo caso, existiam as clepsidras, relógios de água que datam de 1400 a.C. O dispositivo era movido à água, e funcionava com o auxílio da força da gravidade.
A clepsidra era composta de um recipiente cilíndrico com um orifício em sua base, por onde saía a água. Para medir os intervalos de tempo, observavam-se as graduações nas paredes do recipiente.
5. Papel
Os chineses certamente foram engenhosos ao inventar o papel como é conhecido atualmente em cerca de 140 a.C. Contudo, o que muitos não sabem é que os egípcios já haviam desenvolvido um substituto milênios antes.
Essa ferramenta tão essencial no dia a dia surgiu a partir da planta papiro, que cresce nas margens do Nilo. Seu interior duro e fibroso era perfeito para fazer folhas duráveis para escrever, bem como outros materiais.
O papiro ainda era essencial para produzir velas para navios, sandálias, esteiras e outras necessidades da vida no Egito Antigo. Após produzidas, as folhas eram combinadas em rolos.
Então, preenchidos com todos os tipos de informações: fossem elas religiosas, culturais ou até mesmo musicais. A confecção do papiro, por sua vez, foi mantida um segredo por muito tempo, o que permitia que os egípcios fizessem a troca da informação pelas regiões.
Pelo fato do processo nunca ter sido documentado, ele foi perdido por milênios. Isso mudou após o Dr. Hassan Ragab descobrir como produzir a folha em 1965.