Manter o foco nos estudos é essencial para alcançar o sucesso na escola e até mesmo no trabalho. No entanto, muitas pessoas têm dificuldade em se concentrar e lidar com distrações.
Felizmente, especialistas desenvolveram diferentes técnicas eficazes para nos deixar mais atentos e, de quebra, melhorar o desempenho acadêmico e profissional. Veja as principais a seguir.
4 estratégias científicas para melhorar a concentração
1. Execute uma tarefa de cada vez
A prática de realizar várias tarefas simultaneamente, embora possa ser vista como uma habilidade valiosa, pode, na verdade, estar comprometendo sua capacidade de se concentrar e, consequentemente, sua eficiência.
Estudos mostram que aqueles que frequentemente fazem várias tarefas ao mesmo tempo são mais propensos a se distrair com interrupções externas.
Isso foi evidenciado por um desempenho inferior em testes que medem o ato de mudar entre tarefas.
Portanto, apesar de parecer que você está sendo mais produtivo ao fazer várias coisas ao mesmo tempo, é possível que você esteja apenas as executando sem priorizar a qualidade.
Para realmente aprimorar seu foco, é recomendado dedicar-se a uma única coisa por vez.
2. Faça pausas estratégicas
Pode soar paradoxal, mas fazer intervalos durante suas atividades pode ser benéfico para a concentração.
Se você persistir em uma tarefa ou meta por um tempo prolongado, é natural que sua atenção se disperse.
Nesse sentido, uma pesquisa divulgada na revista Cognition revelou que pausar brevemente e desligar-se mentalmente da tarefa em questão pode ser vantajoso.
Isso ocorre porque, ao retomar o trabalho, você precisa reengajar seu foco, o que pode, por sua vez, potencializar sua capacidade de concentração. Para aplicar essa técnica, você pode tentar adotar o método Pomodoro.
Criado por Francesco Cirillo em 1988, é uma tática de gestão de tempo que pode ser especialmente útil para melhorar a atenção e a produtividade tanto nos estudos quanto no trabalho.
Ela consiste em dividir o tempo de trabalho em blocos de 25 minutos, conhecidos como “pomodoros”, seguidos por breves intervalos de 5 minutos. Veja como aplicá-la:
- Escolha uma tarefa a ser realizada;
- Ajuste um cronômetro para 25 minutos e trabalhe na tarefa até que o tempo acabe;
- Faça uma pausa de 5 minutos após o término do pomodoro;
- Depois de quatro rodadas, faça uma pausa mais longa de cerca de 15 a 30 minutos.
Esses intervalos curtos são fundamentais para dar ao seu cérebro um descanso e ajudar a manter um alto nível de desempenho ao longo do dia.
Desse modo, a técnica é eficaz porque combate a fadiga mental e mantém a mente fresca e focada.
3. Medite
Estudos científicos confirmam que a prática da meditação mindfulness é eficaz para aprimorar a concentração e a atenção.
Mindfulness consiste em focar seus pensamentos plenamente no agora, sem julgamentos.
Com efeito, a meditação praticada com regularidade pode remodelar o cérebro, aprimorando sua habilidade de manter o foco e minimizando as distrações mentais.
Além disso, esta atividade contínua tem se mostrado benéfica para fortalecer a memória e expandir a capacidade de concentração.
4. Não se cobre tanto
Uma pesquisa realizada por Joe DeGutis e Mike Esterman, do Boston Attention and Learning Lab em Massachusetts, sugere que para manter a concentração durante períodos extensos, é mais eficaz adotar uma mentalidade de “menos é mais”.
Eles observaram, por meio de experimentos com neuroimagem, que alternar momentos de foco intenso com breves intervalos resulta em maior sucesso na manutenção da atenção. Aqueles que tentam manter-se constantemente ativos tendem a cometer mais falhas.
De maneira similar, estudos de Christian Olivers, da Universidade Vrije em Amsterdã, indicam que a capacidade de atenção pode ser ampliada quando as pessoas são instruídas a se distanciar e pensar em algo diferente, ao invés de manter um foco incessante.
À medida que expandimos nosso conhecimento sobre o funcionamento cerebral, torna-se evidente que o estresse prejudica a capacidade de concentração.
Assim, é importante dedicar momentos para relaxar e ganhar controle sobre o estresse, o que pode, por si só, facilitar a resolução de tarefas.
