Sabe aquela sensação de que o Universo é cheio de mistérios? É a mais pura verdade. Mesmo com todas as explorações e observações que fizemos no espaço, ainda há muitas coisas que não sabemos.
Além disso, existem objetos tão estranhos, além dos limites da Terra, que desafiam o conhecimento humano. Confira alguns deles a seguir.
4 objetos mais estranhos do Universo
1. Haumea: o planeta anão
Haumea é um planeta anão que orbita o Sol além de Netuno, no Cinturão de Kuiper. Ele foi descoberto em 2004 por duas equipes independentes, e continua a ser alvo de estudos.
Em 2008, ele recebeu o nome da deusa havaiana do nascimento e da fertilidade. Haumea tem duas características que o tornam único: sua forma e sua rotação.
Este é o objeto mais rápido do Sistema Solar, girando em torno de seu eixo em apenas quatro horas. Isso faz com que ele seja extremamente achatado, parecendo uma bola de rugby.
Seu eixo maior é o dobro do menor. Além disso, Haumea tem um albedo alto, ou seja, reflete muita luz, devido à presença de gelo cristalino em sua superfície.
2. Hyperion de Saturno
Hyperion é uma das luas de Saturno, a oitava em ordem de distância do planeta. Ela foi descoberta em 1848 e recebeu o nome do titã da mitologia grega, pai de Hélio, Selene e Eos.
Hyperion tem uma forma irregular, cheia de crateras, que a faz parecer uma esponja.
Sua densidade é muito baixa, cerca de metade da água, o que sugere que ela é composta principalmente de gelo, com pouca rocha.
Além disso, possui uma rotação caótica, ou seja, não tem um período definido e nem um eixo fixo.
Isso se deve à sua forma assimétrica e à influência gravitacional de Saturno e de sua maior lua, Titã.
Hyperion é uma das poucas luas que não tem uma superfície lisa, mas sim uma textura rugosa e porosa.
Suas crateras são preenchidas por um material escuro e avermelhado, que pode ser composto por compostos orgânicos.
Esse corpo celeste também tem uma cor avermelhada, diferente da maioria das luas de Saturno, que são cinzentas ou amareladas.
3. KIC 8462852: a estrela Tabby
KIC 8462852 é uma estrela de classe F, um pouco maior e mais quente que o Sol, localizada na constelação de Cisne, a cerca de 1.500 anos-luz da Terra.
Ela foi descoberta em 2009 pelo telescópio espacial Kepler, que observava as variações de brilho das estrelas para detectar planetas.
Seu apelido é “estrela Tabby”, em homenagem à astrônoma Tabetha Boyajian, que liderou o estudo que revelou seu comportamento anômalo em 2015.
KIC 8462852 tem uma característica que a torna diferente de todas as outras estrelas: ela pisca de forma irregular e imprevisível, chegando a diminuir seu brilho em até 22%.
Normalmente, as estrelas variam seu brilho de forma periódica e suave, por exemplo, quando um planeta passa na frente delas, bloqueando parte da luz.
Mas no caso da estrela Tabby, os eventos de escurecimento são aleatórios, longos e intensos, o que não se encaixa em nenhum modelo conhecido.
Várias hipóteses foram propostas para explicar o fenômeno, desde uma nuvem de cometas, até uma megaestrutura alienígena, mas nenhuma delas consegue explicar todos os aspectos da curva de luz.
4. Nebulosa Retangular Vermelha
A Nebulosa Retangular Vermelha é uma nuvem de gás que brilha devido à radiação das estrelas próximas.
Ela está localizada na constelação de Vela, a cerca de 2.300 anos-luz da Terra, e foi descoberta em 1976.
O astrônomo australiano que a encontrou, Francis Patrick Walsh, ficou surpreso com sua forma geométrica.
A nebulosa tem uma forma quase perfeitamente retangular, com cantos arredondados e lados paralelos. Ela mede cerca de 1 ano-luz de comprimento por 0,5 ano-luz de largura.
Conforme investigado em um estudo, sua cor vermelha se deve à emissão do hidrogênio ionizado, o elemento mais abundante no cosmos.
Ela também tem uma estrela binária em seu centro, formada por duas estrelas que orbitam uma à outra.
A explicação mais aceita pelos astrônomos, é que ela é o resultado de um choque entre dois ventos estelares, um quente e rápido, e outro frio e lento, que a moldam nesse curioso formato.