3 regras da vírgula que você precisa saber o quanto antes

A pontuação é um tema muito exigido nos concursos públicos. Por isso, é fundamental estudar sobre o uso da vírgula para empregá-la corretamente.

A vírgula é um dos sinais de pontuação mais usados e mais importantes da língua portuguesa. Ela serve para marcar pausas, separar termos, organizar a estrutura das frases e evitar ambiguidades.

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No entanto, muitas pessoas têm dúvidas sobre quando e como usar a vírgula corretamente. Por isso, listamos três regras básicas que vão te ajudar a empregá-la corretamente na hora de escrever.

Como usar corretamente a vírgula? 3 regras simples

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1. Use a vírgula para separar palavras que você poderia listar

Uma das funções da vírgula é separar elementos que têm a mesma função sintática na frase e que poderiam ser listados. Por exemplo, se você quer enumerar os nomes dos seus amigos, você pode usar a vírgula para separá-los:

  • Eu convidei o Antônio, a Ana, o João e a Luiza para a festa;
  • Antônio, Ana, João e Luiza são meus amigos.

Nesses casos, a vírgula indica que cada nome é um elemento independente e que poderia ser colocado em uma lista:

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Eu convidei:

  • Antônio;
  • Ana;
  • João;
  • Luiza.

Meus amigos são:

  • Antônio;
  • Ana;
  • João;
  • Luiza.

Essa regra também vale para separar adjetivos, advérbios, orações coordenadas, etc. Veja alguns exemplos:

  • Ela é uma mulher inteligente, bonita e simpática;
  • Ele chegou cedo, almoçou, descansou e saiu;
  • Ela gosta de ler, mas ele prefere jogar no computador.

2. Use a vírgula antes das orações introduzidas por conjunções adversativas

Outra regra importante é usar a vírgula antes das orações introduzidas por conjunções adversativas, ou seja, que expressam uma ideia de oposição, contraste ou concessão.

As principais conjunções adversativas são: mas, porém, contudo, todavia, entretanto, no entanto, senão, etc. Veja alguns exemplos:

  • Eu queria ir ao cinema, mas estava chovendo muito;
  • Ele estudou bastante, porém não passou na prova;
  • Ela é rica, contudo não é feliz.

Se a conjunção adversativa estiver posicionada no início da frase, o uso da vírgula é facultativo:

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  • Porém não se esqueça de levar o guarda-chuva (sem vírgula);
  • Porém, não se esqueça de levar o guarda-chuva (com vírgula).

Não se coloca vírgula depois de “mas” no início de uma frase, a menos que ela delimite uma oração ou adjunto adverbial.

  • Ex: “Mas, quase sem querer, ele foi fechando os olhos até cair no sono”.

3. Use a vírgula para indicar a supressão do verbo

A terceira regra é usar a vírgula para indicar que o verbo foi omitido na frase, ou seja, que houve uma elipse verbal. Isso geralmente acontece quando o verbo é o mesmo nas duas orações e se quer evitar a repetição. Por exemplo:

  • Ele gosta de chocolate; ela, de morango.
  • Eu prefiro o dia; você, a noite.
  • Eles foram ao parque; nós, ao shopping.

Nesses casos, a vírgula substitui o verbo que foi suprimido e que pode ser facilmente recuperado pelo contexto. Observe que as frases completas seriam:

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  • Ele gosta de chocolate; ela gosta de morango;
  • Eu prefiro o dia; você prefere a noite;
  • Eles foram ao parque; nós fomos ao shopping.

A vírgula nesses casos evita a repetição desnecessária do verbo e torna a frase mais concisa.

Quando não usar a vírgula?

Existem situações específicas em que é inadequado utilizar a vírgula. Veja quando esse sinal de pontuação não deve ser empregado:

Entre o sujeito e o verbo da oração, quando estão juntos

Não se usa vírgula para separar o sujeito e o verbo quando aparecem juntos na frase.

Exemplo de uso inadequado:

“Sujeito + verbo”

  • “Os atletas, são velozes na pista”;
  • “Essa árvore do pomar, não está dando frutos.”

Nos exemplos acima, não deve haver vírgula, pois o sujeito e o verbo não são separados por vírgula. Veja:

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  • “Os atletas são velozes na pista”;
  • “Essa árvore do pomar não está dando frutos.”

Entre orações subordinadas adjetivas restritivas

Assim como as orações subordinadas adjetivas explicativas, as restritivas também qualificam o termo anterior de forma essencial, não podendo ser omitidas do enunciado. Portanto, não devem ser separadas desse termo por vírgulas:

  • “A série que é a minha preferida tem um final triste!”
  • “O atleta que correu mais rápido chegou primeiro ao outro lado.”

Antes de orações adverbiais consecutivas

As orações subordinadas adverbiais consecutivas, que estabelecem relação de consequência com a oração principal, não devem ser precedidas por vírgula quando iniciadas pela conjunção “que”.

Exemplos de uso incorreto:

“Oração principal + oração subordinada adverbial consecutiva”

  • “Ela comeu tanto, que acabou passando mal.”
  • “Ficamos tão longe do palco, que não conseguimos ver o cantor.”

As orações adverbiais consecutivas não devem ser separadas da oração principal por vírgula. Logo, o correto seria:

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  • “Ela comeu tanto que acabou passando mal.”
  • “Ficamos tão longe do palco que não conseguimos ver o cantor.”
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