A língua é mutável e passa por uma série de renovações ao longo dos anos. As gírias, que fazem parte dela tanto quanto qualquer outra questão gramatical, também são atualizadas com certa frequência: muitas das que eram utilizadas até alguns anos atrás sequer são conhecidas pela última geração, mas são tão boas e inusitadas que ainda deveriam estar presentes.
No geral, as gírias são elementos interessantes do português. Mesmo que sejam amadas por alguns e odiadas por outros, é inegável o seu poder de transformar um idioma. Elas nascem da necessidade de se utilizar recursos expressivos na fala, e o que determina a permanência ou descarte de uma expressão do tipo é apenas o tempo.
Para entender melhor, confira abaixo 17 exemplos que eram muito utilizados pelo menos 30 anos atrás.
17 gírias que eram muito usadas 30 anos atrás
Não é possível afirmar com toda a certeza do mundo que a língua não é um elemento vivo e mutável. Afinal, de acordo com a época e com a moda, ela pode assumir características que se transformam em pouquíssimo tempo. Muito além da gramática, as línguas se inserem em um contexto cultural e, conforme o panorama de um país muda, ela também irá se modificar.
As gírias abaixo já foram muito populares nos anos 50, 60 e 70. Enquanto algumas ainda podem ser observadas hoje em dia, a maioria já caiu em desuso. Confira alguns exemplos que marcaram o país apenas alguns anos atrás:
- Calhambeque: carro velho;
- Sebo nas canelas: apressar-se;
- Chuchu beleza: o mesmo que dizer que está tudo certo;
- Tutu: dinheiro;
- Bafafá: confusão ou bagunça;
- Barbeiro: motorista ruim, que não sabe dirigir;
- De lascar o cano: algo muito ruim;
- Marcar touca: perder uma oportunidade;
- Na boca de espera: quando alguém está prestes a conseguir algo;
- Boa pinta: pessoa bonita, de boa aparência;
- Borogodó: charme, sensualidade;
- Broto: uma garota bonita;
- Dar tábua: se recusar a dançar;
- Fogo na roupa: situação ou pessoa complicada;
- Papo furado: conversa fiada, que não dá em nada;
- Arquibaldos: torcedores que assistem aos jogos das arquibancadas;
- Chacrinha: conversa fiada, sem objetivo.