O champanhe é um vinho espumante originado na região de Champagne, França, através da fermentação secundária do vinho na garrafa, utilizando castas específicas.
Além disso, sua produção deve atender rigorosas regras como locais ideais para o cultivo de uvas, castas apropriadas e requisitos específicos para o cultivo de vinhas.
Embora até sete castas diferentes possam ser utilizadas, muitas vezes o champanhe é produzido como uma única casta ou mistura das três mais conhecidas: chardonnay, pinot noir e pinot meunier.
O código ainda estabelece requisitos detalhados para diversos aspectos do cultivo, como a poda da vinha, o rendimento, a prensagem das uvas e o período mínimo de envelhecimento nas borras.
Com efeito, o uso do termo “champagne” na garrafa é permitido apenas se a bebida atender a todos esses critérios. Continue lendo, e veja mais curiosidades sobre ela a seguir.
Fatos surpreendentes sobre o champanhe
1. Origem
O champanhe foi descoberto acidentalmente por um monge chamado Dom Pierre Pérignon no século XII na França, especificamente na região de Champagne onde já eram produzidos vinhos de mesa tintos e brancos.
Pérignon era o responsável pela adega da abadia e, depois do inverno, observou que o vinho libertava pequenas bolhas, que, ao se acumularem, acionavam as rolhas das garrafas e até as explodiam.
A princípio, o monge “lutou” contra eles pensando que era um erro, porém, ao experimentá-lo, ficou surpreso com seu sabor extraordinário. Hoje Dom Pérignon é um dos rótulos de champanhe mais reconhecidos mundialmente.
2. “Vinho do diabo”
Muitos diziam que o champanhe era o vinho do diabo, pela reação e efeito causado pelas bolhas. Atualmente é considerada a bebida das comemorações e é tida como uma bebida de luxo; e recomenda-se beber a 8 °C.
3. Denominação
O champanhe só pode ser classificado como tal se vier da região de Champagne, na França. Qualquer “champanhe” produzido em outro país ou região é conhecido como vinho espumante.
4. Classificação
A classificação do champanhe é determinada pela quantidade de açúcar residual na bebida. As principais categorias são:
- Brut Nature (ou Zero): sem adição de açúcar, resultando em um champanhe seco;
- Extra Brut: muito seco, com uma quantidade mínima de açúcar;
- Brut: seco, sendo a categoria mais comum de champanhe;
- Extra Seco (ou Extra Dry): ligeiramente mais doce que o Brut;
- Sec (ou Dry): com um toque mais perceptível de doçura;
- Demi-Sec: possui 20,1 a 60 gramas de açúcar por litro;
- Doux: a versão mais doce, geralmente com 60,1 a 80 gramas de açúcar por litro.
5. O perigo da rolha
Uma garrafa de champanhe contém milhões de bolhas dentro, que fazem com que a pressão dentro da garrafa seja enorme, por isso causa um barulho de estouro ao ser aberta.
Este som é muito especial e costuma ser aplaudido, no entanto, a rolha pode doer gravemente se atingir uma pessoa, pois sua velocidade chega a mais de 65 km/h.
6. Bolhas de champanhe
Acreditava-se que as bolhas de champanhe se originavam em torno de pequenas impurezas na taça, embora esses contaminantes naturais sejam normalmente muito pequenos para desencadear sua formação.
Na realidade, as bolhas decorrem das fibras de celulose presentes na poeira do ar circundante ou que permanecem após a fricção do vidro. Uma garrafa média de champanhe pode conter aproximadamente 250 milhões de bolhas.
7. Banho de espuma
Acredita-se que Marylin Monroe, a estrela icônica do cinema de Hollywood, tomou banho de champanhe, para o qual foram utilizadas cerca de 350 garrafas.
A bebida certamente contribuiu para a beleza de Marylin, pois é conhecido por possuir antioxidantes e ácido tartárico, componente que ajuda a equilibrar o tom e a aparência da pele.
8. Como servir
A bebida deve ser resfriada a 7 graus, no máximo, pois pode congelar e perder parte da efervescência. Devemos servi-lo em um copo alongado para que deslize pela lateral e não diretamente contra o fundo. Assim as bolhas subirão até a borda e todo o seu aroma será preservado.
9. Corridas e champanhe
Em muitas modalidades de automobilismo, é costume que, ao final da cerimônia de premiação, o vencedor da corrida e os segundo e terceiro ocupantes aguardem uma chuva de champanhe.
Essa tradição remonta à década de 1960: pela primeira vez, o piloto Dan Gurney serviu champanhe. Em 1967 venceu a maratona de 24 horas de Le Mans e no final da corrida os organizadores presentearam-no com uma garrafa de champanhe.
Gurney ficou tão entusiasmado com a vitória que imediatamente abriu a garrafa e começou a espalhar seu conteúdo em todos ao seu redor. Desde então, o costume se arraigou tanto que mesmo durante as corridas nos países do mundo islâmico (onde o álcool é proibido), são preparados refrigerantes especiais que lembram o champanhe, para o “banho”.
10. Abertura ideal
Muitos conhecedores de vinho insistem que a maneira ideal de abrir uma garrafa de champanhe é fazê-lo com cuidado e calma, de modo que a garrafa emita um som sutil, como uma expiração ou um sussurro.