A cultura brasileira é composta por diversos elementos, desde símbolos comuns até expressões linguísticas que são ensinadas desde cedo. Portanto, as 15 frases que só brasileiros entendem são jargões populares que acabaram sendo incorporados ao vocabulário comum.
Apesar disso, existem algumas curiosidades e fatos acerca dessas frases, principalmente no acervo histórico e referência a eventos reais que nem todos conhecem. Curiosamente, são reconhecidas somente por brasileiros porque não fazem sentido em outras manifestações da Língua Portuguesa. Saiba mais informações sobre essas expressões a seguir:
15 frases que só brasileiros entendem
- Aquele presente foi o olho da cara.
- Não quero chorar as pitangas, mas hoje está bem difícil.
- Ela é tão sociável que parece arroz de festa.
- Não adianta tentar matar cachorro a grito.
- Ele é um chato de galocha, isso sim.
- Pensei que fosse sincero, mas é um amigo da onça.
- Não fale tão alto, esqueceu que as paredes têm ouvidos?
- Esse escritório está parecendo a Casa da Mãe Joana!
- Ainda bem que fomos salvos pelo gongo.
- Não coloco a mão no fogo por ninguém, sinto muito.
- Deixa ela chegar para você ver, vou rodar a baiana.
- Não adianta chefe, a cobra vai fumar.
- Pode até tentar me enganar, mas eu sei que é um santo do pau oco.
- E se nada der certo, a gente termina em pizza.
- Precisamos fazer uma vaquinha para comprar a cesta de pães da rifa.
Curiosidades sobre essas frases populares
1) O santo do pau oco existiu
Na época do Brasil colonial, o catolicismo era a religião predominante em todas as comunidades. Nesse mesmo período, os impostos eram cobrados sobre o ouro e pedras preciosas, o que tornava essas peças uma verdadeira riqueza. Para evitar que fossem roubados ou levados pelo poder público, as pessoas escondiam as gemas dentro da figura dos santos.
Basicamente, as figuras católicas eram esvaziadas em seu interior, com a base sendo utilizada como tampa. Assim, o espaço disponível era usado como um depósito escondido para as jazidas roubadas durante o trabalho de garimpo. Como a religião era muito respeitada na época, os agentes de fiscalização não verificavam as figuras santificadas.
2) Quem foi Joana de Nápoles?
A protagonista da expressão “Casa da Mãe Joana” existiu de verdade, e foi Joana, rainha de Nápoles e condessa de Provença durante a Idade Média. Aos 21 anos de idade, a monarca criou uma lei que regulamentava o funcionamento de todos os bordéis da cidade, transformando-os em instituições reconhecidas pela Família Real.
Após ser acusada de um conspiração em Nápoles, a rainha fugiu do castelo e acabou vivendo o resto de seus anos em bordéis. Como eram lugares de promiscuidade, vulgaridades, relações ilícitas e uma grande bagunça, a expressão se popularizou para conceituar locais fora de ordem.
3) Por que galocha e não bota?
Comumente, a galocha é uma espécie de bota de borracha mais larga que permite que a pessoa utilize por cima do sapato tradicional. Sendo assim, é uma forma de reforçar os sapatos e mantê-los protegidos durante os dias chuvosos, garantindo que não ficarão ensopados nas poças e correntes de água nas ruas.
Como esse tipo de calçado só existe para reforçar uma característica existente anteriormente, diz-se chato de galocha para referir-se a uma pessoa que é quase insuportável, resistente ou mais chata que o normal.
4) O amigo da onça é um personagem
A origem da expressão “Amigo da Onça” é de um personagem criado por Andrade Maranhão para as charges da revista O Cruzeiro. As histórias apresentavam esse personagem sempre dando um jeito de sair por cima das pessoas, colocando os amigos em situações vergonhosas e causando problemas por onde passava.
Por isso, ainda que agisse de maneira amigável, não era sincero em suas ações. Como consequência, os amigos evitavam a sua companhia, desconfiavam das suas boas intenções e recusavam qualquer presente suspeito.