Concurso PRF: como é o curso de formação?

A última fase do concurso PRF é o Curso de Formação Policial, em que os candidatos irão aprender e vivenciar a rotina de um Policial Rodoviário. Saiba mais.

O Curso de Formação Policial (CFP) é a segunda fase do concurso PRF e a aprovação nele é decisiva para os candidatos. Depois de receber a aprovação em todas as etapas anteriores, os inscritos são chamados para participar de um treinamento para a carreira policial.

O novo certame da Polícia Rodoviária Federal está prestes a ser lançado e ofertará 1.500 vagas, sendo assim, os interessados em participar precisam estar preparados. Neste artigo vamos te mostrar algumas curiosidades sobre o que acontece durante o curso.

O que é praticado no Curso de Formação do concurso PRF?

O próprio nome já mostra que são realizadas aulas, mas não apenas teóricas. O candidato aprovado na primeira fase do concurso PRF entra no Curso de Formação para aprender na prática a rotina de um Policial Rodoviário. Os aprendizes são treinados em como conduzir viaturas, verbalizar, utilizar o armamento e outros equipamentos, por exemplo o spray de pimenta.

Durante o período de imersão na carreira policial, também há treinamento para:

  • Apreensão de drogas e armas;
  • Atendimento a acidentes nas rodovias;
  • Fiscalização de crimes ambientais;
  • Fiscalização de tráfico;
  • Fiscalização de crimes de exploração sexual infantil;
  • Recuperação de veículos roubados.

Há quem pense que o CFP possa ter instrução de natação. Contudo, o diretor-executivo da Polícia Rodoviária, José Hott, explicou que este treinamento não existe. Mas os candidatos devem ficar atentos, porque ele também afirmou que o curso pode exigir que a pessoa tenha “habilidades básicas em meios aquáticos” em certas situações.

Quais são os armamentos usados no Curso de Formação da PRF?

Durante o Curso de Formação da PRF, os aprendizes treinam com a marca Glock. Esta informação foi dada por Hott, ao responder algumas dúvidas dos candidatos nas redes sociais. Já os modelos e funcionalidades são apenas de conhecimento interno da Polícia e não foram revelados. Mas vale ressaltar que é o mesmo armamento utilizado na rotina dos policiais.

Quanto ganha um PRF no Curso de Formação?

Ao entrar no Curso de Formação, o aprendiz de Policial Rodoviário tem direito a uma bolsa equivalente a 50% da remuneração do cargo. Sabe-se que um PRF recebe em torno de R$ 10 mil reais na classe inicial. Logo, quem está ingresso no CFP recebe um valor de mais ou menos R$ 5 mil.

A frequência nas aulas é fator decisivo para o recebimento da remuneração. Os ingressos precisam frequentar 100% das atividades diárias para ter direito à bolsa. Entretanto, é permitido percentual de 15% de faltas, desde que sejam justificadas.

Onde é realizado o Curso de Formação da PRF?

O período de instrução, atualmente, costuma acontecer na UniPRF, localizada na cidade de Florianópolis. O espaço já foi conhecido como “Academia da PRF”, no entanto, foi transformado em “Universidade” após várias modernizações.

O Curso de Formação já chegou a acontecer em outras localidades, mas é bastante provável que os próximos ocorram em Santa Catarina por conta da estrutura própria. É importante ressaltar que a hospedagem durante o treinamento fica por conta do aprendiz. Segundo Hott, “por isso tem a bolsa, para viabilizar despesas que o aluno tem com curso”.

Quanto tempo dura o CFP?

A duração do Curso de Formação da PRF será definida quando o edital for lançado. Esse prazo varia de acordo com o concurso, mas tem em média 16 semanas. A previsão para o próximo treinamento é de 20 semanas, ou seja, os aprendizes participarão das aulas por cinco meses. As atividades podem ser presenciais e online. Bem como podem ser desenvolvidas em qualquer turno e dia da semana, incluindo sábados, domingos e feriados.

Como é feita a classificação do Curso?

Os participantes do treinamento serão avaliados nas tarefas práticas do dia a dia de um Policial Rodoviário, bem como por provas objetivas para atestar conhecimento teórico da função. Sendo assim, as questões são baseadas no conteúdo ministrado durante o Curso de Formação da PRF. Podem ser tanto de “certo ou errado”, como de múltipla escolha. Isso depende da banca organizadora. O candidato que não obtiver a pontuação mínima será reprovado.

Lembrando que é necessária frequência de 100% do curso para ser aprovado. As faltas permitidas são de 15% e precisam ser justificadas, caso contrário, o candidato é desclassificado. É importante saber que durante esse período, os candidatos também podem passar por avaliações psicológicas complementares. Isso porque é preciso garantir que a pessoa está apta a lidar com as diferentes situações da profissão. Logo, há análise de conduta e personalidade.

O que é preciso para participar do CFP?

O primeiro requisito básico é passar em todas as provas da primeira fase do concurso PRF. Ou seja, se o candidato for reprovado em algum ponto da seleção, não poderá fazer o curso. 

A segunda exigência é ter nível superior em qualquer área de atuação. Muita gente acredita que é possível fazer um curso tecnólogo enquanto o certame estiver acontecendo. No entanto, Hott adverte que se a pessoa não conseguir o diploma antes da convocação para o Curso de Formação, não poderá realizá-lo.

Por fim, o candidato não pode estar em posse de outro cargo público. Mas não se preocupe, se esse é o seu caso, saiba que não é necessário pedir exoneração. Nas redes sociais, Hott explicou que o servidor pode pedir vacância do cargo de origem para participar do CFP, com o intuito de ingressar em outro cargo inacumulável.

Vale saber que os aprovados no Curso de Formação da PRF dentro das vagas oferecidas no concurso devem ser convocados para incorporação. De acordo com a classificação geral, esses poderão escolher onde serão lotados.

Isadora Tristão
Redatora
Nascida na cidade de Goiânia e formada em Jornalismo pela Universidade Federal de Goiás, hoje, é redatora no site "Concursos no Brasil". Anteriormente, fez parte da criação de uma revista voltada para o público feminino, a Revista Trendy, onde trabalhou como repórter e gestora de mídias digitais por dois anos. Também já escreveu para os sites “Conhecimento Científico” e “KoreaIN”. Em 2018 publicou seu livro-reportagem intitulado “Césio 137: os tons de um acidente”, sobre o acidente radiológico que aconteceu na capital goiana no final da década de 1980.

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