Saiba por que "cirurgia plástica" tem esse nome

A especialidade médica é bastante conhecida e popular, especialmente no Brasil, mas você sabe de onde veio esse nome?

O Brasil é um dos líderes mundiais quando o assunto é cirurgia plástica e procedimentos estéticos. Ainda que essa especialidade médica seja amplamente conhecida e difundida, nem todas as pessoas conhecem a origem do termo “cirurgia plástica” — se você fizer um esforço agora, consegue imaginar de onde vem essa nomenclatura?

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Mesmo que os procedimentos médicos envolvidos com a cirurgia plástica sejam milenares, os procedimentos mais modernos, que incluem lipoaspiração e remoção de pele, por exemplo, são mais recentes.

Origem da cirurgia plástica

Talvez você já tenha ouvido falar que os períodos de guerras tenham influenciado as práticas médicas, não é mesmo? No caso das cirurgias plásticas, isso também é uma afirmação verdadeira.

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Antes de contextualizar essa prática cirúrgica com as guerras, vale lembrar que os primeiros registros históricos de procedimentos cirúrgicos datam do ano 4000 a.C., muito antes da invenção da anestesia, por exemplo.

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O termo “cirurgia plástica” foi utilizado pela primeira vez por Edward Zeis, em seu livro a respeito do tema, publicado em 1838. A popularização do conceito entre os médicos se deu, contudo, somente depois da Primeira Guerra Mundial, que aconteceu entre os anos de 1914 e 1918.

Como as batalhas deixaram milhares de pessoas com sequelas, amputações e ferimentos de graves proporções, os médicos foram compelidos a desenvolver técnicas de salvar a vida dos pacientes e, também, de restaurar diversos tipos de lesões.

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Cirurgia plástica moderna

O médico neozelandês Sir Harold Gillies é considerado o pai da cirurgia plástica como a conhecemos hoje. Ele teve a ideia de transferir tecidos de pele de outras partes do corpo para restaurar feridas abertas de seus pacientes, combinando a restauração das lesões com a possibilidade de proporcionar uma melhor aparência estética às pessoas.

Foi Gillies quem começou a usar enxertos de pele, retirando “pedaços” de uma região para colocar em outra, e mantendo a vascularização normal dos tecidos.

A Segunda Guerra Mundial serviu para que Gillies aprimorasse suas técnicas cirúrgicas de reconstrução. Assim, ele e sua equipe conseguiram devolver a possibilidade de as pessoas executarem movimentos simples, como abrir a boca e os olhos. Até então, falava-se em cirurgia plástica restauradora.

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Com o tempo, Gillies notou que, além de promover a cura de lesões e feridas, a cirurgia também poderia ter um apelo estético. Veio, então, a cirurgia plástica estética, que, inicialmente, era realizada apenas por pessoas da elite.

E o termo “cirurgia plástica”, de onde vem?

Se você tiver que deduzir a origem do termo “cirurgia plástica”, pode pensar que ele tem a ver com os implantes de silicone, que se parecem com materiais plásticos, não é mesmo?

Na verdade, o termo “plástico” tem origem do latim “plasticus” e também do grego “plastíkos”. Ambas as palavras se referem àquilo que pode ser moldado de diversas formas e eram usadas, inicialmente, quando as pessoas falavam de itens esculpidos em cera ou argila.

O termo “cirurgia plástica” começou a ser utilizado em publicações científicas para se referir ao cirurgião médico que tinha “habilidades artísticas” e que conseguia reconstruir partes do corpo através da cirurgia.

Cuidados ao fazer cirurgia plástica

Você já deve ter visto casos extremos, de vítimas de falsos médicos que, após a realização de determinados procedimentos, tiveram problemas sérios de saúde ou morreram devido às complicações.

Por isso, antes de se submeter a qualquer procedimento estético ou a uma cirurgia plástica, pesquise a respeito do profissional escolhido. No caso específico da cirurgia plástica, esse profissional deve ser um médico formado e que tenha residência em cirurgia geral e também em cirurgia plástica.

Lembre-se, ainda, de que esses procedimentos são invasivos e devem ser realizados em centros cirúrgicos. Por isso, desconfie sempre dos profissionais que realizam cirurgias em clínicas ou sem o acompanhamento de outros profissionais, como anestesiologistas e instrumentadores.

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