A segunda edição do Concurso Nacional Unificado (CNU), prevista para o próximo ano, voltou a ser pauta de discussão mesmo com a primeira versão ainda em andamento. O assunto foi abordado pela ministra Esther Dweck, em entrevista ao Jornal Jota, afirmando que o CNU 2025 poderá ofertar menos vagas que o de 2024.
A chefe do Ministério de Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI) afirmou que a próxima leva do Enem dos Concursos não precisa ter 6 mil vagas, como teve esse ano. O quantitativo vai depender, principalmente, do número de oportunidades autorizadas para os diferentes órgãos públicos federais.
“O mais importante para a gente tomar a decisão final é fazer uma boa análise de tudo o que deu certo, do que precisa aprimorar”, declarou Dweck. É importante ressaltar que o novo certame ainda é apenas uma possibilidade e ainda não foi confirmado oficialmente.
Governo vai avaliar necessidade de novo edital
A entrevista de Dweck ao Jornal Jota aconteceu na manhã da última quarta-feira (28/08). Na ocasião, a ministra fez questão de destacar que os parâmetros para uma nova edição do Concurso Nacional Unificado serão definidos após uma análise sobre o CNU 2024, pensando principalmente em custo-benefício.
“A gente quer ter esse estudo terminado para avaliar: Valeu a pena? Vamos fazer outro? Ampliou o acesso? A forma de seleção deu certo? Os servidores foram bem selecionados? Tudo isso precisa ser avaliado para um novo CNU. Por isso que eu falei que a nossa decisão vai ficar mais no final do ano mesmo”, pontuou.
Anteriormente, a chefe do MGI já havia dito que a pasta tem “muita vontade” de realizar um CNU 2025, mas, para tanto, seria preciso definir o tamanho fiscal do Orçamento primeiro. Isso inclui o quantitativo de vagas e para quais órgãos serão autorizadas no próximo ano.
“Depende da quantidade de vagas, se justifica uma prova desse tipo, se os órgãos vão aderir. A nossa expectativa é que tenha uma adesão grande daqueles que a prova possa ser realizada no ano que vem”, disse.
Provas do CNU 2025 também podem mudar
Outro ponto que será avaliado pelo MGI é a aplicação de provas. Segundo Dweck, houveram críticas sobre o tempo para realização das provas, que foram divididas em turnos de manhã e da tarde. A ministra contou que muitos participantes reclamaram de falta de tempo para fazer redação mais prova objetiva.
“Isso é uma coisa que a gente vai avaliar. Mas, lembrando, isso é uma questão isonômica. Foi igual para todo mundo. Então, se o tempo estava mal balanceado entre a manhã e à tarde, foi para todo mundo. Todo mundo vai ser afetado por isso e tende a não afetar o resultado final do concurso”, disse.
Esse é um fator que deve passar por ajuste caso o CNU 2025 aconteça. A chefe do MGI ainda defendeu o posicionamento do governo em relação aos conteúdos cobrados. Dweck explicou que o governo orientou a Fundação Cesgranrio, banca organizadora, em relação à linha de interesse, mas não chegou a ter acesso às questões.
Ela garantiu que “até a prova estar sendo aplicada, a gente não conhecia a prova. Ninguém do governo teve acesso à prova, porque a gente tinha um malote trancado numa sala segura”. Vale ressaltar que a ministra também já chegou a falar que, se houver uma edição no próximo ano, a expectativa é de que as provas sejam realizadas no mês de agosto.