Ministro diz que concursos públicos são mal feitos e precisam ser revistos

Ministro da Fazenda defendeu uma nova reforma administrativa pensando, especialmente, em rever os concursos públicos e modificar o formato de seleção dos servidores.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que concursos públicos no Brasil “não são os mais adequados”. A fala foi dada durante entrevista ao programa Canal Livre, da Rede Bandeirantes. Na ocasião, o gestor criticou a forma como as seleções são realizadas e pontuou que devem ser revistas dentro de uma reforma administrativa.

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Segundo Haddad, mudanças nos certames fazem parte da pauta da ministra da Gestão e Inovação (MGI), Esther Dweck. “É um assunto que está na ordem do dia. Ela tem um diagnóstico muito razoável do que precisa ser feito”, disse.

De fato, Dweck tem mostrado preocupação com o cenário dos concursos públicos, e o MGI já está trabalhando nesse sentido. Uma das novidades da pasta é o Concurso Nacional Unificado, que deve mudar o formato de aplicação de provas para ingresso no funcionalismo.

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Se você é concurseiro e está se preparando para uma nova seleção, deve ficar bastante atento às atualizações desse cenário para não ser pego de surpresa. Aqui no Concursos no Brasil, nós trazemos as novidades do governo federal sobre concursos e vários outros assuntos que possam ser do seu interesse.

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Haddad é a favor da reestruturação dos concursos

Em entrevista dada à Rede Bandeirantes no último domingo (17/09), Fernando Haddad confirmou que o governo federal está disposto a debater uma nova reforma administrativa. De acordo com o ministro, um dos principais assuntos a serem tratados dentro da reforma é a reestruturação dos concursos públicos.

“Os concursos são muito mal feitos. Eles selecionam de forma enviesada e não são os mais adequados […]. Se a gente selecionar bem, se a gente fizer um bom estágio probatório e se a gente fizer uma boa progressão de carreira, que efetivamente leve em conta o desempenho, você tem os ingredientes necessários para um bom serviço público”, afirmou.

Na ocasião, Haddad não respondeu sobre a estabilidade dos cargos públicos, mas fez duras críticas ao estágio probatório dos nomeados aos cargos públicos. Em sua visão, o período de 36 meses “não é levado a sério no Brasil”.

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Esse prazo serve para verificar se aquela pessoa se encaixa mesmo nas atribuições da função na qual ingressou e se está apta ao serviço público. Segundo o ministro, muitos não têm essa vocação.

Prova única pode mudar cenário dos concursos

A fala do ministro da Fazenda vem em meio ao planejamento de um Concurso Nacional Unificado (CNU), que realizará prova única para contratação em diferentes órgãos federais. O novo formato de seleção foi anunciado pelo Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos no final de agosto.

A novidade surgiu como forma de abarcar as milhares de vagas autorizadas pelo governo em vários Ministérios, Agências e Institutos federais. Inspirado no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), o CNU será aplicado em vários municípios ao redor do país. A ideia é democratizar o acesso às provas, permitindo que mais pessoas tentem ingresso em cargos públicos.

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Essa é apenas uma das vantagens do Concurso Nacional Unificado listadas pela pasta responsável. O MGI acredita que a inovação irá ajudar na reestruturação do funcionalismo, trazendo mais diversidade de pessoas que poderão contribuir melhor para a criação de políticas públicas.

Os órgãos convidados têm até o próximo dia 29 para responder se irão ou não participar do “Enem dos Empregos”, como foi apelidado. O próprio MGI está entre as entidades que ofertarão vagas no CNU. Além dele, o Ministério do Trabalho e Emprego também já confirmou a adesão à prova única, assim como a Previc.

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