Salário mínimo ideal deveria ser 5 vezes maior que o vigente, diz Dieese

Descubra qual o valor do salário mínimo ideal atualmente. Saiba também como é feito o cálculo e a média da cesta básica nas capitais.

O Dieese acaba de divulgar o salário mínimo atualmente necessário para a subsistência de uma família de quatro pessoas. Publicado nesta segunda-feira (10), o levantamento do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos leva em conta o mês anterior (março) e revela que o brasileiro deveria receber 5,05 vezes o valor do piso nacional.

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Afinal, qual deveria ser o salário mínimo hoje? Qual é a quantia mensal justa para que cada trabalhador dê conta das necessidades básicas? Descubra o valor exato a seguir. Confira também o ranking com as capitais mais caras e mais baratas para compra da cesta básica.

Qual o valor ideal do salário mínimo?

O salário mínimo do trabalhador brasileiro deveria equivaler a R$ 6.571,52 – número 5,05 vezes maior do que os atuais R$ 1.302. A conta se refere a março deste ano e costuma variar mês a mês.

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“Em fevereiro, o valor necessário era de R$ 6.547,58 e correspondeu a 5,03 vezes o piso mínimo. Em março de 2022, o mínimo necessário deveria ter ficado em R$ 6.394,76 ou 5,28 vezes o valor vigente na época, que era de R$ 1.212”, explica o Dieese.

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Divulgado desde julho de 1994, o levantamento mensal leva em conta o valor de 13 produtos alimentícios na maioria das capitais, o piso nacional e as diretrizes essenciais da Constituição Federal.

“O banco de dados da PNCBA apresenta os preços médios, o valor do conjunto dos produtos e a jornada de trabalho que um trabalhador precisa cumprir, em todas as capitais, para adquirir a cesta. Os dados permitem a todos os segmentos da sociedade conhecer, estudar e refletir sobre o valor da alimentação básica no país”, enfatiza o Dieese.

Qual o valor da cesta básica de alimentos em março?

No mês passado, o tempo médio necessário para um trabalhador adquirir, com o salário mínimo vigente, os produtos da cesta básica foi de 112 horas e 53 minutos. No mesmo período do ano passado, eram necessárias 119 horas e 11 minutos de trabalho, conforme o Dieese.

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O estudo também revela que, quando se compara custo da cesta com valor líquido do salário – já descontada a taxa da Previdência Social –, verifica-se que o brasileiro compromete atualmente mais da metade da renda com alimentos essenciais: 55,47% do ganho mensal.

O levantamento divulgado essa semana compara preços de 17 capitais brasileiras e revela onde é mais caro se alimentar, considerando itens básicos apenas para a subsistência. Confira a seguir.

Onde a alimentação é mais cara no Brasil? E onde é mais barata?

Nesse primeiro trimestre do ano, o custo de gêneros alimentícios básicos diminuiu em 11 capitais, com destaque para as variações registradas em Belo Horizonte (-6%), Brasília (-4,87%) e Vitória (-4,06%). Já as elevações mais importantes, ainda de acordo com o Dieese, ocorreram em Natal (5,25%) e Aracaju (4,82%).

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Levando em conta a relação entre salário líquido e preço de alimentos básicos nas prateleiras, o Dieese revela em qual capital a cesta básica é mais cara no país: São Paulo/SP. Já a cesta mais em conta foi registrada em Aracaju/SE.

Confira o ranking completo, publicado da cesta básica mais cara para a mais barata, segundo o órgão:

  • 1º lugar – São Paulo;
  • 2º – Porto Alegre;
  • 3º – Florianópolis;
  • 4º – Rio de Janeiro;
  • 5º – Campo Grande;
  • 6º – Vitória;
  • 7º – Brasília;
  • 8º – Goiânia;
  • 9º – Curitiba;
  • 10º – Belém;
  • 11º – Belo Horizonte;
  • 12º – Fortaleza;
  • 13º – Natal;
  • 14º – Salvador;
  • 15º – João Pessoa;
  • 16º – Recife;
  • 17º – Aracaju.

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