Novo supercontinente pode estar se formando; veja o que diz a ciência

De acordo com uma pesquisa, um novo supercontinente pode estar se formando na superfície terrestre por conta do movimento das placas tectônicas da Terra. Porém, as mudanças serão perceptíveis dentro de 200 milhões a 300 milhões de anos.

A pesquisa realizada pela Curtin University, na Austrália, e a Peking University, na China, utilizou de um supercomputador para projetar a evolução do movimento das placas tectônicas da Terra e a formação de um novo supercontinente. Como resultado, observaram que as mudanças poderão ser percebidas dentro de 200 milhões a 300 milhões de ano, com base no encolhimento do Oceano Pacífico.

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O artigo científico com as descobertas obtidas nesses experimentos foi publicado na revista National Science Review, apresentando novos argumentos ao estudo geológico das mudanças no planeta. Os especialistas reforçam que os continentes da Terra passaram por diversas transformações nos últimos milênios, o que pode se repetir no futuro. Saiba mais informações a seguir:

O que é um supercontinente?

Por definição, um supercontinente é um continente único que reúne todas as massas continentais da superfície terrestre em um território único, ou então agrega a maior parte desses corpos geográficos. Curiosamente, a Pangeia é um exemplo dessa formação, pois foi descrito pela deriva continental como a estrutura primitiva da divisão que existe atualmente.

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A princípio, a Pangeia existiu entre 200 e 540 milhões de anos atrás, durante a chamada Era Paleozoica. Segundo os especialistas, esse supercontinente se fragmentou e deu origem a outros dois megacontinentes, Gondwana e Laurásia. A separação, que aconteceu de maneira gradual e lenta, aconteceu por conta de um deslocamento no subsolo oceânico de basalto.

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Essa teoria é datada do início do século XX, e tem como autor o geólogo e meteorologista Alfred Wegener. Na época, os argumentos principais baseavam-se nas evidências dos fósseis semelhantes encontrados em continentes distintos, assim como a semelhança entre espécies de animais e plantas e o encaixe entre as costas da América do Sul e da África. Porém, a teoria foi comprovada e aceita somente em 1940.

Atualmente, a principal teoria utilizada refere-se ao Ciclo de Wilson, que investiga os ciclos de aproximação e afastamento dos continentes em decorrência da evolução nas camadas terrestres. De acordo com essa hipótese, há uma abertura inicial e fechamento dos oceanos com base no movimento das placas tectônicas, o que causa rompimentos, separação e justaposição de massas continentais.

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O Ciclo de Wilson é composto por seis etapas cuja conclusão envolve a formação de uma nova configuração da massa terrestre, caracterizado pela exposição de rochas e formação de novas estruturas. Os cálculos realizados nesse processo colocam a formação do próximo supercontinente dentro de um período de 250 milhões de anos, concordando com os estudos recentes.

O que diz a ciência sobre esse novo supercontinente?

A pesquisa apresentada em setembro do ano passado afirma que o mundo será constituído por um novo supercontinente chamado Amásia, com formação ao redor do Polo Norte. Em específico, a projeção prevê um deslocamento das Américas para o oeste, da Ásia para o leste, da Antártida para a América do Sul, com a África se ligando à Ásia de um lado e a Europa do outro.

Os autores do estudo afirmam que o resfriamento do manto terrestre tornará a força geral dos oceanos mais fraca, de modo que o Oceano Pacífico se encolha o suficiente para se tornar um oceano menor em relação ao Oceano Atlântico e o Oceano Índico. Outras pesquisas comprovaram que há um encolhimento gradual do Pacífico acontecendo anualmente.

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Apesar disso, essa não é a única hipótese para a formação de um novo supercontinente, mas todas trabalham com modelos de projeção.

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