Bolsa Família: beneficiários devem tomar cuidado com estes golpes

Conheça os principais golpes aplicados para titulares do Bolsa Família e saiba como se precaver. Confira também dicas de segurança que valem para outros programas.

Mais de 21 milhões de grupos receberão as próximas parcelas do Bolsa Família, com valor médio de R$ 670 e investimento na ordem de R$ 14 bilhões. Voltada a pessoas com renda máxima de R$ 218, a iniciativa tem sido alvo de crimes, o que requer atenção em dobro na hora de sacar as parcelas ou até mesmo antes da retirada dos valores. Descubra a seguir quais os três golpes mais comuns que se aproveitam dos beneficiários do Bolsa Família.

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Saiba como se prevenir de fraudes relacionadas ao programa de transferência de renda e entenda como elas valem também para outras áreas. Confira, por fim, as orientações da Caixa Econômica Federal.

Quais os golpes mais aplicados no Bolsa Família?

Crimes digitais infelizmente não são novidade, o que muda são as táticas utilizadas. A cada recurso recém-liberado, golpistas se atualizam e criam novas iscas, a exemplo de informações falsas relacionadas a Pix, adiantamento do 13º salário ou empréstimo consignado.

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Pesquisa recente da empresa Kaspersky mostra que o Brasil é o mais atingido pelo phishing, termo usado para tentativa de roubo de dados por meio de links maliciosos. O país lidera o ranking à frente de Portugal, França e Tunísia, por exemplo.

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Outra posição de destaque é em número de usuários do WhatsApp, aplicativo que não encontra a mesma popularidade em locais como Reino Unido e Estados Unidos. Dados da plataforma Statista revelam que ano passado a quantidade de brasileiros no mensageiro atingiu a marca de 147 milhões de pessoas, 70% da população.

Golpes por WhatsApp

É justamente do WhatsApp que vem a fraude mais comum relacionada a programas sociais como o Bolsa Família. Sem saber que se trata de informação falsa, um contato conhecido da sua agenda encaminha mensagem com link sobre algum valor antecipado ou adicional. Ao clicar no link recebido, você abre caminho para um software malicioso e compromete a segurança do celular, deixando vulneráveis os dados pessoais.

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Os golpistas sempre utilizam títulos chamativos para atrair a atenção. Em 2018, por exemplo, 600 mil vítimas caíram na falsa promessa de liberação de R$ 1 mil, mas pode ser mencionado qualquer aspecto incomum que fuja às regras de determinado programa.

Para instigar o leitor, os textos costumam ser sensacionalistas e, por vezes, adotam um critério de urgência (na linha “últimos dias”, “falta pouco”) ou de ameaça (“seu benefício será bloqueado se…”), justamente com a finalidade de incentivar decisões precipitadas por parte das vítimas e não permitir que tenham tempo de refletir.

Apesar das variações no conteúdo da mensagem, uma coisa é comum em todos os golpes que utilizam o WhatsApp: o fraudador pede para você clicar em determinado link e/ou solicita informações pessoais diretamente. Também é possível que, ao acessar o link, seja aberto algum tipo de questionário solicitando dados como CPF ou número do cartão.

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Golpes por SMS

O segundo golpe mais comum também acontece em um mensageiro de texto, o SMS (serviço de mensagens curtas, em tradução livre). Apesar de ter caído em desuso com a popularização do WhatsApp, o serviço ainda é muito utilizado por instituições bancárias e tem uma espécie de “vantagem” para os criminosos: já vem instalado de fábrica nos aparelhos celulares e não precisa ser baixado em lojas de aplicativos.

O caminho da fraude segue a mesma lógica do WhatsApp: uma mensagem em tom convincente induz o usuário a acessar determinado link. O texto faz parecer que existe uma espécie de fila virtual de espera para atendimento, o que sequer existe nesse tipo de programa. Aumento no valor recebido ou bloqueio do benefício são os temas mais comuns, abordados em tom de ameaça caso o usuário não “clique para atualizar os dados”.

Como se prevenir de golpes no Bolsa Família?

Desconfiar de promessas ou novidades repentinas é a chave da precaução, já que os repasses do programa Bolsa Família não têm segredo: os depósitos são realizados todo mês, diretamente na conta do beneficiário, nas datas previstas no calendário, que segue o Número de Identificação Social (NIS). O valor mínimo das parcelas está fixado em R$ 600, com adicionais de R$ 150 para crianças até seis anos.

Os beneficiários com situação regular no CadÚnico podem retirar as parcelas presencialmente, em lotéricas, agências da CEF ou correspondentes Caixa Aqui. Também é possível movimentar a quantia por meio da Poupança Social Digital, disponível no aplicativo Caixa Tem.

O app é a maneira digital mais segura de acompanhar qualquer novidade sobre o programa Bolsa Família, inclusive calendário e valores. Em 2020, a Caixa Econômica – responsável pelos repasses do Bolsa Família – emitiu alerta sobre os golpes mais recorrentes. Na prática, as recomendações valem para o Bolsa Família e qualquer outro tipo de programa:

  • Jamais informe dados pessoais como número da conta ou CPF nem envie fotos em sites ou aplicativos que não sejam da Caixa. Também não instale qualquer app que seja solicitado em nome do banco – os repasses do Bolsa Família são feitos diretamente na sua conta, sem intermediários;
  • Nunca clique em links de números desconhecidos ou com mensagens suspeitas via WhatsApp, SMS ou redes sociais;
  • Não responda mensagens com link de autorização da Caixa – o banco não solicita esse tipo de informação aos beneficiários do programa;
  • Confie nas informações oficiais, atualizadas no Caixa Tem, e desconfie sempre de promessas exorbitantes, ameaças de perda do benefício e datas fora do calendário já confirmado;
  • Na dúvida, procure a agência mais próxima da Caixa Econômica Federal ou ligue para as centrais de atendimento da Caixa – 4004 0104 (capitais e regiões metropolitanas) e 0800 104 0 104 (demais regiões).

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