Índice de desemprego no Brasil atinge o menor nível desde 2015

Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística apontam tendência de recuperação no mercado de trabalho após a pandemia de COVID-19.

O desemprego no país atingiu o menor nível desde 2015, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A taxa média de desemprego em 2022 foi de 9,3%, contudo ainda se encontra 2,4 pontos percentuais acima do menor nível da série, registrado em 2014, quando ficou em 6,9%.

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Esta é uma melhoria significativa face ao ano anterior, quando a taxa média de desemprego foi de 13,2% devido ao impacto da pandemia de COVID-19. A redução do índice pode ser atribuída à recuperação econômica do país, impulsionada pelos pacotes de estímulo do governo e pelo aumento dos gastos do consumidor.

Apesar da melhoria da taxa de desemprego, ainda existem algumas preocupações quanto à qualidade dos empregos que estão sendo criados. Os dados do IBGE mostram que o número de pessoas trabalhando sem carteira assinada aumentou 14,9% em 2022, enquanto o número de pessoas com empregos formais, em comparação com 2021, aumentou 9,2%.

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Rendimento médio

Por outro lado, a renda média de todos os empregos no Brasil aumentou tanto na comparação anual quanto na trimestral. No 4º trimestre de 2022, o rendimento médio real foi de R$ 2.808, alta de 1,9% em relação ao trimestre julho-setembro de 2022 (R$ 2.757) e 8,3% superior ao mesmo trimestre de 2021 (R$ 2.594).

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Apenas as regiões Centro-Oeste e Sudeste tiveram crescimento no rendimento na comparação do 3º e 4º trimestre de 2022, enquanto as demais regiões apresentaram estabilidade estatística.

No entanto, quando comparado ao 4º trimestre de 2021, todas as grandes regiões e 16 unidades federativas apresentaram crescimento no rendimento médio, com destaque para Mato Grosso do Sul (19,2%) e Mato Grosso (17,8%).

Tempo de busca por emprego

Segundo a pesquisa, cerca de 3,7 milhões de pessoas no Brasil estavam procurando trabalho há menos de um ano, o que representava 43,6% dos desocupados do país.

Aqueles que procuravam emprego entre um e dois anos constituíam 11,6%, enquanto 25,62% estavam procurando há mais de dois anos. Cerca de 19,3% estavam procurando emprego há menos de um mês.

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Na comparação com igual período do ano anterior, houve aumento de 4,5% entre os que procuraram emprego há menos de um mês, e redução nos demais grupos.

Já o número de pessoas que procuravam trabalho de um mês a menos de um ano caiu 21,2%, de um ano a menos de dois anos -51,6% e há mais de dois anos -39,8%.

Desocupação maior entre mulheres, pretos e pardos

A pesquisa também mostrou que mulheres, pretos e pardos continuaram com índices de desocupação acima da média nacional. No 4º trimestre de 2022, a taxa de desemprego era de 6,5% para os homens e de 9,8% para as mulheres.

A taxa de desemprego por cor ou raça ficou abaixo da média nacional para brancos (6,2%) e acima para pretos (9,9%) e pardos (9,2%). Além disso, para pessoas com ensino médio incompleto (13,9%) o índice foi superior às médias para outros níveis de ensino.

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Para aqueles com ensino superior incompleto a taxa foi de 8,4%, mais que o dobro da verificada para pessoas com ensino superior completo (3,9%).

Sobre a PNAD Contínua

A PNAD Contínua, principal ferramenta de monitoramento da força de trabalho no Brasil, contempla 211 mil domicílios na amostra por trimestre. Cerca de dois mil entrevistadores participaram da pesquisa, atuando em 26 estados e no Distrito Federal e integrados à rede de arrecadação de mais de 500 órgãos do IBGE.

Devido à pandemia, o IBGE implementou a coleta de informações da pesquisa por telefone desde 17 de março de 2020. Em julho de 2021, a coleta presencial foi retomada.

Para confirmar a identidade do entrevistador, a pessoa pode acessar o site Respondendo ao IBGE ou entrar em contato com a Central de Atendimento (0800 721 8181) para consultar o cadastro, RG ou CPF do entrevistador. Os dados da PNAD estão disponíveis para consulta clicando aqui.

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