Salário mínimo 2023: ministérios terão 45 dias para apresentar propostas

Em conversa nesta quarta-feira (18), o presidente Lula anunciou que os ministérios terão 45 dias para apresentar propostas a respeito do salário mínimo 2023, envolvendo o aumento proposto inicialmente pelo governo.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assinou, nesta quarta-feira (18), um despacho a respeito do salário mínimo 2023. Durante um encontro com as centrais sindicais, Lula determinou que os Ministérios do Trabalho e da Previdência, bem como outros, apresentem uma proposta para uma política de valorização do salário mínimo em até 45 dias.

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Um dia antes, Fernando Haddad, o ministro da Fazenda, revelou que o governo ainda deve definir o valor mínimo do salário deste ano através de uma negociação com as centrais sindicais. Contudo, Haddad já alertou que a possibilidade de liberar um valor acima dos R$ 1.302 deve depender do cálculo do número de beneficiários do INSS. Afinal, boa parte dos pagamentos previdenciários são indexados ao piso.

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Também na quarta-feira (18), durante seu encontro com as centrais sindicais, o presidente Lula revelou que planeja construir uma política de reajuste do salário mínimo, junto do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB).

Outras pautas discutidas foram a correção da tabela do imposto de renda, o retorno da obrigatoriedade do imposto sindical e também o anúncio da criação de um grupo de trabalho, que será responsável por discutir uma política permanente de valorização do salário mínimo, como informado anteriormente.

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Durante sua campanha, o presidente anunciou que o salário mínimo de 2023 seria de R$ 1.320, um aumento de 1,3% em relação aos R$ 1.302 atuais. Contudo, as centrais sindicais pedem um valor de R$ 1.342.

Da mesma forma, na conversa, Lula defendeu que as mudanças que envolvem direitos trabalhistas devem ser construídas através do Congresso, e não por meio de uma Medida Provisória. Para isso, pediu ajuda dos sindicatos, de forma que possam pressionar os parlamentares, analisando a proposta de reforma tributária que deve ser enviada pelo governo federal.

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No momento, a equipe econômica do presidente vem alertando que a reforma tributária deve ser apresentada ao Congresso em duas partes. A primeira, que deve ser enviada até abril, possui foco na mudança da tributação sobre o consumo. Já a segunda, que pode ser apresentada no segundo semestre de 2023, está relacionada à mudança dos impostos sobre a renda.

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Na ocasião, Lula comentou a respeito de como os cidadãos que pagam imposto de renda são, na verdade, aqueles que possuem holerite de pagamento e estão sujeitos à tarifa ser obrigatória. Proporcionalmente, um brasileiro com menores condições financeiras pode chegar a pagar mais do que aqueles que ganham valores acima de R$ 100 mil, por exemplo.

Por fim, o presidente também refletiu sobre como o fim do imposto sindical obrigatório foi um “crime” cometido contra as centrais. Para ele, o país depende dos sindicatos organizados e fortes, de forma que possam representar os interesses dos trabalhadores.

Através de sua campanha, Lula defendeu constantemente a sustentabilidade dos centros sindicais. Por meio da reforma trabalhista, em 2017, este imposto foi extinto, colocando estas entidades em risco. Para o presidente eleito, os responsáveis não desejam voltar a construir a estrutura sindical como um dia foi, mas sim modernizá-la e fazer uma reinvenção junto da nova relação de trabalho.

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