Na última quinta-feira (19/05), a Secretaria de Política Econômica do Ministério da Economia divulgou a nova estimativa do salário mínimo para 2023. A pasta calculou um reajuste de R$ 98,17 baseado no índice de inflação, que subiu de 6,7% para 8,1%. Ao que tudo indica, não haverá ganho real pelo 4° ano seguido.
Isso porque a atualização do piso salarial está levando em consideração apenas o percentual notado pelo Índice Nacional de Preço ao Consumidor. No cálculo da Secretaria, não há valores excedentes à inflação e o pagamento mínimo deve ficar em R$ 1.310,17.
Vale ressaltar que essa é apenas uma estimativa do salário mínimo 2023 e o valor oficial só será confirmado em janeiro. Sendo assim, é provável que haja nova alteração até o fim de 2022. A partir das previsões, é possível que o piso do próximo ano acabe superando o proposto na Lei de Diretrizes Orçamentárias.
O documento define as seguintes quantias:
- R$ 1.294 para 2023;
- R$ 1.337 para 2024; e
- R$ 1.378 para 2025.
É importante saber que esse pagamento é referência para mais de 56 milhões de brasileiros, segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). O órgão ainda informa que, desse número, 24,2 milhões são segurados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
Novo salário mínimo deve influenciar em benefícios governamentais
O reajuste no salário mínimo 2023 tem impacto não só para trabalhadores ativos, mas também em alguns benefícios. Isso porque a correção feita nos pagamentos governamentais é o mesmo utilizado no piso nacional. Dessa forma, as alterações que podem acontecer são:
- Aposentadoria: piso deve subir para R$ 1.310 e o teto para R$ 7.661;
- Seguro-desemprego: piso deve subir para R$ 1.310 e o teto para R$ 2.276;
- BPC: o benefício deve passar para R$ 1.310 e o critério de renda mínima equivalente a 1/4 do salário mínimo para R$ 327,50.
Assim como o piso salarial, o valor dos benefícios só será confirmado oficialmente no início de 2023.