O vitiligo é uma doença dermatológica que se caracteriza pela perda da coloração da pele. Essa perda acontece quando há uma diminuição ou ausência de melanócitos, que são células responsáveis pela formação da melanina, pigmento que dá cor a pele.
A doença ainda não tem causas determinadas, mas alguns estudos mostram que problemas de autoimunidade estão relacionados ao vitiligo, além de alterações ou traumas emocionais que também podem desencadear a doença.
O mais importante, quando falamos de vitiligo, é que ele não é contagioso e não impede a pessoa de realizar suas atividades normalmente.
Sintomas do vitiligo:
O principal sintoma do vitiligo são as manchas brancas na pele, que possuem diversos tamanhos. Além das manchas, em alguns casos, o paciente pode relatar sentir sensibilidade e dor na área afetada.
O estado emocional é o que realmente necessita maior cuidado no paciente com vitiligo, pois dependendo da forma como ele reagir à doença, essa pode se agravar cada vez mais.
Os tipos de vitiligo:
O vitiligo é classificado em dois tipos pelos dermatologistas: vitiligo segmentar ou unilateral e não segmentar ou bilateral.
O vitiligo segmentar ou unilateral apresenta manifestações em apenas determinada parte do corpo. A ocorrência desse tipo é mais comum em jovens. Nesse caso, pode haver perda da coloração de pelos e cabelos.
O vitiligo não segmentar ou bilateral se manifesta nos dois lados do corpo, nas duas mãos, nos dois braços, nas duas pernas, etc. É o tipo mais comum e as primeiras manchas ocorrem nas extremidades (boca, mãos, pés, nariz, por exemplo), havendo ciclos de perda de cor e maior desenvolvimento da doença, intercalados com períodos de estagnação. Esses períodos ocorrem por toda a vida e a duração dos ciclos e áreas afetadas, tendem a aumentar ao longo do tempo.
Diagnóstico e tratamento do vitiligo:
O diagnóstico é feito pela análise clínica através da observação das manchas, biópsia cutânea (para revelar a ausência de melanócitos), exame com lâmpada de wood (para detecção de manchas em pessoas de pele branca), exames de sangue com estudo imunológico para verificar a presença de outras doenças autoimunes e análise do histórico familiar.
O médico dermatologista após realizar a avaliação, conseguirá indicar o tipo de vitiligo e a melhor forma de tratamento.
O vitiligo não tem cura, mas há inúmeros tratamentos, que tem como objetivo, estabilizar a doença e repigmentar a pele. Há medicamentos compostos por vitamina D e corticosteroides que induzem a essa repigmentação.
Há também o tratamento através da fototerapia com radiação ultravioleta B banda estreita, indicado para todos os tipos de vitiligo e com bons resultados e também a fototerapia com radiação ultravioleta A, lazer, técnicas cirúrgicas ou de transplante de melanócitos.
O melhor tratamento será definido pelo médico de acordo com as características de cada paciente, por isso a importância de se procurar um bom especialista.
Para quem está em tratamento é recomendado evitar exposição ao sol sem proteção, uso de roupas apertadas que provocam atrito ou pressão na área afetada e controle do estresse.
O acompanhamento psicológico é muito importante para o paciente não se abater pela doença que pode afetar seu emocional, diminuindo sua autoestima e piorando a doença.