Política cambial: aprenda o que é e como lhe afeta

A política cambial tem a ver com o processo de comercialização entre países e define se uma moeda se valoriza ou desvaloriza.

Antes de qualquer coisa, você deve saber que existem, no Brasil, três tipos de políticas econômicas que afetam diretamente a nossa vida. Elas são regidas por órgãos governamentais federais.

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A primeira é a política monetária, a segunda é a política fiscal e a terceira é a política cambial. É nesta última que iremos concentrar as maiores explicações.

Porém, vamos diferenciar cada uma delas para você entender melhor. Depois dessa explicação, você saberá muito mais acerca de política cambial.

Tipos de política cambial

Política monetária: é o tipo de política econômica que mais temos contato. Tem a ver com a movimentação financeira que praticamos diariamente ao comprarmos à vista ou no crédito e os juros dessas transações. Os órgãos responsáveis são o Comitê Monetário Nacional e o Banco Central.

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Política fiscal: esse tipo de política econômica refere-se a tudo o que o governo arrecada das pessoas físicas e jurídicas do país, bem como seus gastos. São as receitas, compostas por contribuições, taxas, multas, impostos, etc. Os órgãos responsáveis são o Tesouro Nacional e a Secretaria do Tesouro Nacional.

Política cambial: está relacionada diretamente à nossa moeda frente às moedas estrangeiras. A movimentação se dá entre importações e exportações. O órgão responsável também são o Comitê Monetário Nacional e o Banco Central.

O que é a política cambial?

O câmbio, do latim “cambiare”, significa “troca”. Enquanto as políticas fiscal e monetária lidam com o mercado interno, a política cambial preocupa-se com o mercado externo. Ou seja, a relação comercial entre o Brasil e outros países.

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A relação comercial, portanto, é importante para as riquezas do país, mas dependem da taxa de câmbio.

Como funciona a política cambial?

Quando o Brasil vende produtos e serviços para outros países, chamamos de exportação. Quando o Brasil compra de outros países, chamamos de importação.

Diante disso, depreende-se que para manter bons resultados, o país tem que exportar mais e importar menos.

O resultado dessa transação é o que chamamos de balança comercial favorável. Ou seja, quando o Brasil vende mais para outros países do que compra deles.

Isso tudo também depende da taxa de câmbio, que é o valor do Real perante as moedas estrangeiras. Para que a nossa moeda chegue mais competitiva a outros países, eleva-se a taxa de câmbio. Isso significa que o Real sofre uma desvalorização frente à moeda do país destinatário.

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Com isso, o que vendemos a outros países chega nesses locais com preços mais baratos, o que estimula a compra por parte dos estrangeiros. Desta forma, vendemos mais. Essa é a característica de uma economia de expansão.

Porém, o contrário também ocorre. Chamamos de economia de contração quando diminuímos a taxa cambial, o que dificulta a compra por parte de outros países.

Como a política cambial brasileira afeta a nossa vida?

Veja bem: o Real é uma moeda com alto valor em relação, por exemplo, ao Bolívar Venezuelano. Porém, o valor de nossa moeda é baixo em relação à moeda dos Estados Unidos, o Dólar, e ao Euro utilizado na União Europeia.

Mas, por que isso acontece e o que isso significa?

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Por exemplo, se o Euro vale R$ 4, isso significa que teríamos que gastar R$ 4 para comprar 1 euro. Ou seja, nossa moeda vale quatro vezes menos. O que compraríamos com 1 euro, pagaríamos o equivalente a quatro reais.

Já em relação ao Bolívar, se cruzarmos a fronteira para a Venezuela com apenas R$ 20, poderíamos comprar milhões de Bolívares. Seriam tantas cédulas que nem caberiam em uma sacola. Porém, quase não dariam para comprar a comida do dia.

Como ilustração, vejamos uma piada que pode explicar melhor cada uma dessas questões: em um país com a moeda totalmente desvalorizada, uma pilha de cédulas enche uma mala.

Porém, se você deixar essa mala por um instante e se afastar, quando voltar ela terá sido furtada, mas o dinheiro permanecerá no lugar…

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