Carta Aberta: definição, características e estruturas do gênero

Aprenda a construir uma carta aberta e a reconhecer as diferenças desse modelo comparado a outros tipos de cartas

A carta aberta é um tipo de gênero textual, de caráter argumentativo, que norteia a exposição pública de opiniões de um coletivo de pessoas acerca de um determinado assunto.

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Diferentemente da carta pessoal, que trata de temas particulares aos interlocutores envolvidos, a carta aberta possui uma função mais ampla, que abarcam questões de interesse público, comuns a diversas pessoas simultaneamente.

A principal função da carta aberta é permitir que o emissor exponha informações, instruções, reivindicações e alertas, como um veículo de comunicação.

Assim, pela ótica da publicidade, ela não é destinada necessariamente a indivíduos isolados, mas à sociedade no geral, bem como às autoridades responsáveis pelo grupo comunitário envolvido.

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Também chamado de texto epistolar, posto que as epístolas são atribuídas a todo e qualquer diálogo à distância por meio da linguagem escrita, pode-se estabelecer que uma carta aberta tem a intenção de manifestar o interesse do grande público.

Os interlocutores, relativos ao documento, geralmente são seres coletivos, como comunidades, governos, sindicatos, organizações e representações.

O teor do texto pode variar de acordo com a ênfase, podendo adquirir um tom mais argumentativo, instrutivo, expositivo e ainda uma mescla de todas essas nuances, segundo a proposta do emissor.

Na carta aberta é possível ainda propor uma sugestão para o problema discutido no texto, assim como motivar o destinatário a resolver de forma consciente e reflexiva a problemática discutida.

Nessa situação comunicativa, a carta aberta possibilita a verbalização de opiniões e liberdade de expressão para tratar de assuntos sensíveis à sociedade.

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Características da Carta Aberta

Como seu próprio nome sugere, a carta aberta é um documento que está aberto para o coletivo, que pretende escancarar o assunto publicamente, de forma que a população tenha acesso livre às informações de seu conteúdo.

O adjetivo “aberta” serve para marcar a natureza pública do texto, uma vez que ela é utilizada como ferramenta de posicionamentos, questionamentos ou solicitações de reconhecimento social.

Geralmente, o texto da carta aberta não é muito extenso e sua linguagem é direta, objetiva e coesa, de modo que o seu conteúdo possa ser compreendido pelo grande público.

Quando dirigida às autoridades, entretanto, o emissor da carta aberta deve observar o uso de pronomes de tratamento apropriados. Recomenda-se ainda o uso da linguagem formal, de acordo com a norma padrão, sobretudo quando o documento trata de provas e denúncias.

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A proposta é que as cartas abertas sejam veiculadas nos meios de comunicação de grande alcance, como televisão, rádio e internet, para atingir o maior número de pessoas interessadas na manifestação.

Dentre os assuntos mais abordados nas cartas abertas estão as demanda de comunidades, apoio a causas sensíveis da população e todo e qualquer assunto que envolve coletivamente os interesses da sociedade, afetadas pela questão.

Não raro, as cartas abertas fazem menção a uma questão que tenha sido julgada como problemática de acordo com o consenso popular. Assim, a carta aberta cumpre funções cidadãs, por meio de posicionamentos críticos, solicitações de demandas e sugestões de medidas políticas para reverter os embaraços abordados no texto.

Objetivo da Carta Aberta

O objetivo da carta aberta é manifestar, expor e denunciar publicamente as reivindicações, reclamações, alertas e observações relativas a uma problemática que envolve e afeta um coletivo de indivíduos.

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Através do emissor, uma gama de pessoas encontra um lugar de fala e expressão, capaz de alcançar espaços de exposição midiática que um único indivíduo não conseguiria sozinho. 

Como o interesse da carta aberta é influenciar a tomada de decisões por parte dos interlocutores envolvidos no problema, o texto pode utilizar de estratégias argumentativas e persuasivas, na tentativa de chamar a atenção do público para abraçar a causa.

Nesse sentido, a carta aberta torna-se também um importante instrumento de participação política dos cidadãos, que se vêem representados pelo documento, capaz de reclamar e dar voz às demandas da sociedade.

Estrutura da Carta Aberta

A estrutura da carta aberta é muito semelhante a uma carta comum, possuindo remetente, destinatário, data, local e assinatura, bem como uma mensagem direta, direcionada objetivamente do autor para o leitor.

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Para construir uma carta aberta é necessário se atentar para a organização e ordem dos elementos que a compõe. Assim, o emissor deve preencher as seguintes informações:

  • Título;
  • Local;
  • Data;
  • Vocativo (Destinatário);
  • Introdução
  • Mensagem (apresentação da ideia ou reivindicação);
  • Conclusão (sugestão ou solução para o problema em questão);
  • Despedida / Agradecimento (opcional);
  • Assinatura (Remetente);

O título sintetiza da maneira mais objetiva possível a problemática que será abordada ao longo do texto, que utiliza de maneira estratégica, a persuasão e a delimitação de palavras-chaves, para chamar a atenção para o assunto da maneira mais direta possível.

No vocativo se evidencia o destinatário para quem a carta aberta está sendo enviada. Sendo facultativo, ele leva em conta as peculiaridades do destinatário, como posição social e hierárquica, que podem exigir pronomes de tratamento adequados.

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Na introdução da mensagem, o leitor é situado sobre o problema a ser resolvido. No desenvolvimento da mensagem é feita a exposição do problema, com a apresentação de argumentos que fundamentam o ponto de vista do(s) emissor(es).

Na conclusão do texto, o remetente deve tentar apresentar opções de resolução para o problema debatido.  E finalmente, na despedida da carta, o emissor pode agradecer a atenção recebida, concluindo o documento com a assinatura do responsável ou representante de um grupo em questão.

A carta aberta deve ser escrita em 1ª ou 3 ª pessoa, do singular ou do plural, levando em consideração o tom formal que o texto exige, bem como a objetividade e coerência dos dados e argumentos construídos.

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“Carta Aberta aos trabalhadores e trabalhadoras no enfrentamento da Covid-19

1º de maio, Dia Internacional do Trabalhador, dia de renovar a luta

Nesse ano de 2020, época em que vivenciamos a tragédia da pandemia pela Covid-19 imbricada a um quadro de profunda precarização das condições de trabalho, de vida, de saúde e bem estar da classe trabalhadora, queremos relembrar a origem desta data, para que ela nos inspire a continuarmos na luta por um modelo de produção que respeite a vida e a saúde, que garanta trabalho digno para todos e todas e que proteja o ambiente.

Lembremos que a data comemorativa do 1º de maio foi instituída em memória de um grupo de trabalhadores de Chicago (EUA) que em 1886 foi às ruas da cidade para reivindicar melhores condições de trabalho. Naquele momento histórico, um dos principais pontos de reivindicação era a redução da jornada de trabalho de 13 para 8 horas diárias. Houve muita repressão ao movimento, com prisões, agressões físicas e mortes de trabalhadores nos confrontos com a polícia. Lembremo-nos, ainda, que a conquista de direitos sociais só foi possível pelas lutas políticas da classe trabalhadora, num processo permanente de disputa na sociedade, através de seus sindicatos e movimentos sociais ao longo dos tempos, particularmente a partir do século XX.

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A chegada da pandemia do coronavírus descortinou a extrema desigualdade social global, muito aprofundada nos últimos anos no Brasil. Podemos dizer que se o vírus tem potencialidade para infectar pessoas de todos os grupos e classes sociais, a experiência do adoecimento pela Covid-19 de forma extremamente desigual e injusta na nossa população, afetando desproporcionalmente os trabalhadores mais pobres, negros em particular.

O mundo já contabiliza mais de 3 milhões de pessoas com a Covid-19 e mais de 200 mil mortes. O Brasil já ocupa o 10º lugar no mundo em número de casos e o número de mortes do país já ultrapassou o da China. No entanto, estudos mostram que estes números no Brasil tendem a ser bem maiores em relação ao que é divulgado oficialmente, dadas a pouca testagem realizada no país e a subnotificação.

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Não sabemos, aqui no Brasil, quantos destes adoecimentos e mortes ocorrem em trabalhadores e trabalhadoras. Não sabemos quais são as ocupações mais atingidas. Afirmamos isto, tendo em vista a ausência de informações do Ministério da Saúde, a quem compete à divulgação oficial dos dados relativos à Covid-19 em âmbito nacional. É importante registrar que a ficha de notificação da Covid-19 do Ministério da Saúde especifica apenas as ocupações de trabalhadores da saúde e, mais recentemente, da segurança pública. Ainda assim, o órgão não tem divulgado informações sobre distribuição dos casos e dos óbitos confirmados segundo as ocupações registradas.

Mas sabemos também, através de publicações em diversos jornais impressos e digitais, nas páginas dos conselhos de classe, nas divulgações dos sindicatos e movimentos sociais, que trabalhadores e trabalhadoras de diversas categorias estão adoecendo e morrendo. Casos têm sido publicados referentes a empregadas domésticas, trabalhadores de indústrias, de serviços turísticos, caminhoneiros, sepultadores, motoristas, petroleiros, mineiros, jornalistas, policiais, entre outros, além dos profissionais de saúde.

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Os serviços do SUS responsáveis até o momento, por garantir um tratamento sério, competente e humanitário aos usuários do sistema, começam a entrar em colapso, situação que já podemos observar em algumas capitais brasileiras.

Diante deste quadro, o principal mecanismo de prevenção da Covid-19, doença de alta transmissibilidade, grave em 20% dos casos e que demanda leitos hospitalares e de unidades de terapia intensiva, continua sendo o isolamento social, associado a medidas básicas de higiene.

Sabemos que a adesão dos trabalhadores e trabalhadoras ao isolamento social por tempo imprevisível não é fácil: 1) primeiro, porque o Brasil conta com milhões de desempregados, desalentados e trabalhadores/trabalhadoras informais, além dos muitos que, embora mantenham relações formais de emprego, se defrontam com condições cada vez mais precarizadas e sem garantia de renda mínima; 2) segundo, porque nos faltam políticas públicas efetivas que garantam o sustento e a vida dos trabalhadores e de suas famílias com decência e dignidade e, 3) porque a manutenção do isolamento social em si pode trazer problemas de saúde, particularmente, sofrimento mental, necessitando também de políticas públicas e outras iniciativas da sociedade que possam mitigar este quadro de ansiedade, angústia e medo.

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Neste cenário, a participação dos trabalhadores e trabalhadoras nas decisões políticas nacionais é fundamental. É preciso que superemos a falsa dicotomia salvar vidas versus salvar a economia, evitando cair na armadilha desta narrativa. É preciso denunciar esta aberração ética e buscar formas de garantir o isolamento social da população, e proteger aqueles envolvidos em atividades realmente essenciais.

À efetiva intervenção do Estado, no âmbito do Sistema Único de Saúde, ampliando tanto a capacidade e a infraestrutura dos serviços de saúde, quanto os investimentos em ciência, tecnologia e na produção de insumos e materiais necessários para salvar vidas, deve se somar a adoção de medidas econômicas concretas de transferência de renda, como a renda básica universal, protegendo os salários e o emprego da população trabalhadora, auxiliando financeiramente as pequenas e médias empresas. Essas medidas irão garantirão o sustento das famílias e das parcelas de trabalhadores em situação de vulnerabilidade, ao mesmo tempo em que permitirão a manutenção do isolamento social pelo tempo necessário.

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É possível, e absolutamente necessário, prover maciço investimento público para, ao mesmo tempo, salvar vidas e promover a atividade econômica básica por meio do consumo das famílias; assim, estaremos preparando uma saída mais rápida da crise sanitária e da crise econômica, com proteção da vida e saúde de toda a população.

A Abrasco se junta ao movimento dos trabalhadores e trabalhadoras na luta por melhores condições de vida, trabalho e bem-estar. Vamos juntos na luta por políticas públicas, incluindo a defesa do SUS, que possibilitem aos trabalhadores aderir ao fique em casa e, assim, SALVAR VIDAS!

Rio de janeiro, 1º de maio de 2020

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE SAÚDE COLETIVA – ABRASCO”

Observando a estrutura da carta aberta, o leitor pode notar que o título é destinado especialmente aos trabalhadores e trabalhadoras do setor de saúde, que enfrentam diretamente o combate à pandemia da Covid-19.

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Logo em seguida, o documento explica a escolha do momento de manifestação, enfatizando a importância da data comemorativa do 1º de maio, Dia Internacional do Trabalhador, quando a “luta” deve ser renovada.

Na introdução, a carta aberta remonta a origem da data de celebração do trabalhador, para enfatizar a seriedade dos esforços da classe trabalhadora ao longo da história, que resultaram em ganhos e direitos para a sociedade como um todo.

Na sequência, o texto caminha para a exposição da tese, informando com dados que o coronavírus tem atingido desproporcionalmente os trabalhadores mais pobres e negros, descortinando assim a desigualdade social ampliada pela Covid-19.

Em tom crítico, a carta aberta reclama a ausência de informações e dados concretos do Ministério da Saúde, para que o país tenha a real dimensão dos setores mais afetados, principalmente acerca dos funcionários da saúde, que trabalham diretamente com o problema.

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Ainda no desenvolvimento da mensagem, o emissor chama a atenção para a necessidade de participação dos trabalhadores nas decisões políticas e a efetiva intervenção do Estado no Sistema Único de Saúde (SUS), de modo que ele seja ampliado em infraestrutura e capacidade.

Para tanto, a carta aberta propõe o maciço investimento público, como saída mais rápida para o fim da crise sanitária e econômica do país.

Na despedida e conclusão do texto, a Abrasco se apresenta pela primeira vez, reafirmando seu compromisso e parceria junto ao movimento dos trabalhadores por políticas públicas e defesa do SUS.

Finalizando o documento, a associação reforça a data da emissão da carta, acrescentando o local de sua construção. Por fim, a carta é assinada pela Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), que se expõe como voz representativa dos trabalhadores da saúde no país.

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Diferenças entre tipos de cartas

Apesar de possuírem uma estrutura delimitante que caracteriza o documento como uma carta, há diversos gêneros textuais diferentes, que categorizam tipos específicos de carta.

Para identificar e reconhecer uma carta aberta é preciso diferenciá-la dos outros tipos de cartas, entendendo as particularidades específicas de cada uma delas. Acompanhe:

Carta Aberta x Carta Pessoal

Enquanto a carta pessoal trata de maneira mais íntima os assuntos pessoais relacionados aos interlocutores envolvidos (remetente e destinatário), a carta aberta pretende ser de domínio público, atingir o maior número de pessoas possíveis, indo além do grupo inserido diretamente na questão.

Assim, a carta aberta se diferencia da carta pessoal quando trata de assuntos que dizem respeito a um coletivo de pessoas, com a exposição de problemas e argumentações que comprovam a relevância do assunto, que afeta um grupo ou a sociedade como um todo.

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Associações, comunidades e entes influentes tendem a chamar mais atenção como emissor do que uma única voz pessoal. Além disso, essas organizações possuem mais contatos, capazes de reproduzir e aumentar a capacidade de alcance do documento, de modo que o problema possa ser tratado com mais atenção e seriedade.

Carta Aberta x Carta Argumentativa

A carta aberta tem uma estrutura textual semelhante à da carta argumentativa, uma vez que ambas possuem qualidade de argumentos, com exposição de dados e referências que embasem a opinião de seu emissor.

Ambos os documentos constroem a finalidade discursiva em formato persuasivo, estimulando o leitor a concordar com a tese e a relevância do assunto abordado, que reclama mudanças e sugestões de melhorias para a problemática abordada.

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Para reconhecer a carta aberta, diferenciando-a da argumentativa, é preciso notar as especificidades da estrutura do corpo textual. A carta argumentativa não necessariamente é de domínio público ou trata de temas que envolvam um coletivo de pessoas. Ela pode, inclusive, ser de cunho pessoal, abordando assuntos mais amenos ou que afetam apenas o remetente e o destinatário.

A carta aberta, por sua vez, sempre trará um remetente amplo, capaz de dar voz a um grande número de pessoas e tende a abordar assuntos relevantes para a sociedade, que reclamam a necessidade de medidas sociais e políticas para a reversão do problema.

Carta Aberta x Carta do Leitor

A carta do leitor, por outro lado, é um exemplo de gênero textual onde um único indivíduo, geralmente um cidadão comum, expõe um problema de maneira pública, em jornais, revistas e sites.

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O espaço é aberto pelos veículos de comunicação para que os leitores possam enviar questionamentos, críticas, reclamações e elogios acerca de um determinado assunto.

Desse modo, a diferença entre a carta do leitor e a carta aberta podem ser notadas com facilidade. Apesar de ambas serem publicadas nos meios de comunicação, a carta aberta não costuma trazer um único emissor, mas sim organizações e associações, que representam um coletivo de pessoas.

Ademais, a carta aberta não traz opiniões pessoais sobre um assunto, pelo contrário, constrói argumentos plausíveis e coerentes que comprovam a importância da tese. Escapando da mera opinião pública, a carta aberta propõe ainda sugestões de mudanças, capazes de alterar o cenário problemático.

Uso de cartas na atualidade

As cartas abertas, argumentativas, pessoais e do leitor podem ser vistas nas formas orais e impressas, com publicações nos meios eletrônicos, impressos e ambientes acadêmicos, de acordo com a proposta do emissor.

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Diante do propósito público e social da carta aberta, ela se destaca entre os tipos de cartas como um importante recurso de participação política dos cidadãos, que ganham voz através de representantes influentes no meio inserido.

Por esse motivo, o uso dessa estrutura ainda é bastante utilizado na atualidade, contribuindo para a expressão coletiva e liberdade de manifestação pública da sociedade.

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