O câncer de estômago diz respeito ao crescimento de células anormais nesse órgão do sistema digestivo. Tem início em qualquer parte do estômago e pode se espalhar para várias partes do corpo, como fígado, pâncreas, intestino, pulmões e ovários. Pode ser classificado de acordo com o tipo de célula que originou o câncer.
O câncer de estômago é o segundo tumor maligno mais frequente do mundo. Em torno de 95% dos casos são originados na mucosa, denominada de adenocarcinoma. O pico de incidência é maior nos homens de idade mais avançada, pacientes diagnosticados com idade superior a 50 anos. Esse tipo de câncer está em terceiro lugar na incidência entre homens e quinto, entre as mulheres.
Tipos de câncer de estômago
- Adenocarcinoma: esse tipo de câncer (neoplasia maligna) possui características secretórias, que são originadas em tecido glandulares.
- Linfoma: é um tipo de câncer que inicia nos linfonodos e pode disseminar pelo corpo, principalmente no timo, baço, amídalas, medula óssea e tecidos linfáticos no intestino.
- Outros tipos de cânceres, como o tumor estromal gastrointestinal, tumor carcinoide, carcinoma de células escamosas, carcinoma de pequenas células e leiomiossarcoma, também pode começar no estômago. Portanto, esses tipos são mais raros.
Sintomas
Não existem sintomas próprios do câncer de estômago. Geralmente, algumas pessoas questionam o fato de sentir dores, fadiga, sensação de estômago cheio, vômitos, náuseas, falta de apetite, além de observar perda de peso e um desconforto persistente no abdome. O que podem indicar uma doença benigna ou tumor de estômago.
Pode apresentar anemia secundária e, em situações mais avançadas, apresenta-se massa palpável na parte superior do abdome, crescimento do fígado, presença de linfonodos na região supraclavicular esquerda e nódulos periumbilicais.
Diagnóstico
Se dá a partir de dois exames: a endoscopia digestiva alta, considerado o método mais eficaz, e o exame radiológico contrastado do estômago.
A endoscopia possibilita uma avaliação visual da lesão, a realização de biópsias e a avaliação citológica. Na endoscopia, um tubo flexível de fibra ótica ou uma microcâmera é colocada na boca do paciente e inserida até o estômago. Para a realização do exame o paciente deve ser sedado e com anestesia na garganta, para amenizar o desconforto.
A radiografia contrastada do estômago permite delinear a parte interna do esôfago e estômago, onde é possível encontrar áreas anormais ou tumores. A maioria dos casos de câncer de estômago é diagnosticada em estágio avançado, justamente por não apresentar sintomas específicos nas fases iniciais.
Por meio da ultrassonografia endoscópica, consegue avaliar o comprometimento da parede gástrica e a propagação das células cancerosas para órgãos próximos e nódulos linfáticos.
Tratamento
O tratamento do câncer de estômago dependerá do tamanho e da localização do tumor, a possibilidade de ter disseminado para além do estômago, e do estado de saúde da pessoa. Geralmente este tipo de câncer pode ser tratado por cirurgia, radioterapia, quimioterapia ou uma combinação dos tratamentos.
A cirurgia de ressecção do estômago, associada à retirada de linfonodos, revela ser a maior chance de cura. Portanto, a radioterapia e a quimioterapia são consideradas tratamentos complementares que, associados à cirurgia, podem determinar melhor resposta ao tratamento, além de aumentar as chances de cura.
Prevenção
A melhor forma de prevenir o câncer gástrico é seguir uma dieta balanceada, com variedades de vegetais crus, frutas cítricas e alimentos ricos em fibras. Além de combater o tabagismo e a reduzir o consumo de bebidas alcoólicas.