Enem vai passar por mudanças em 2024? Veja o que diz o ministro da Educação

Ministro da Educação comentou sobre a previsão de implementação das mudanças no Enem. O novo formato deve ser adiado para seguir reformulações no ensino médio.

O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) é, possivelmente, a prova mais aguardada pelos estudantes de todo o Brasil. Desde o início de 2022 estão sendo discutidas novidades para serem implementadas no vestibular nacional. O prazo para realizar essas mudanças no Enem seria 2024.

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A ideia, originalmente, era que a avaliação acompanhasse o novo currículo escolar do ensino médio. Nesta terça-feira (19/09), o ministro da Educação, Camilo Santana, falou sobre o assunto durante o 7º Congresso Internacional de Jornalismo de Educação (Jeduca), em São Paulo.

Na ocasião, ele pontuou que o foco é enviar um projeto de lei para reformular o ensino médio até 2024. Isso porque o novo modelo tem sofrido duras críticas de diversos setores e ainda precisa ser adaptado corretamente. Confira na matéria a seguir o que deve acontecer nos próximos anos.

Enem vai mudar em 2024?

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Camilo Santana afirmou que as mudanças no Enem, que estavam previstas para o próximo ano, foram adiadas. Segundo ele, não haverá novidades na prova de vestibular "nem agora, nem em 2024". O plano original da reforma do ensino médio era finalizar o novo modelo em 2024 e realizar o Exame Nacional dentro das novas diretrizes.

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No entanto, a discussão acabou sendo suspensa, uma vez que a implementação do currículo atualizado ainda está em processo e pode ser alterada. O adiamento da atualização do Enem, porém, pode prejudicar os estudantes, em especial os matriculados em escolas públicas.

Isso porque, no novo currículo do ensino médio, houve a redução de carga horária das disciplinas básicas, como português, matemática e história. No formato antigo, os alunos cumpriam 2.400 horas dessas matérias e, agora, a jornada é de apenas 1.800 horas. Essa diminuição aconteceu para dar espaço aos itinerários formativos.

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Porém, essas trilhas de formação extras, que poderiam ser escolhidas pelos estudantes, não puderam ser muito bem trabalhadas no último ano. Os itinerários poderiam variar de acordo com a instituição de ensino. Além disso, o conteúdo cobrado no Enem, pelo qual os estudantes serão avaliados, será voltado às disciplinas tradicionais e não às trilhas formativas.

Tendo isso em vista, o Ministério da Educação (MEC) pretende realizar uma recomposição da aprendizagem, segundo explicou Santana. Nesse sentido, o MEC trabalha em cima de um projeto para revogar algumas alterações no ensino médio e ajustar o currículo ás necessidades dos alunos.

"Nosso objetivo é aprovar as mudanças no ensino médio ainda neste ano [no Congresso] e, em 2024, discutir alterações para o Enem para 2025", pontuou o ministro.

De acordo com Santana, a prova nacional de vestibular terá seu formato discutido junto com a elaboração do Plano Nacional de Educação (PNE). A revisão dessa lei costuma acontecer uma vez a cada 10 anos para atualizar as metas e diretrizes da Educação. Contudo, o PNE ainda não foi enviado ao Legislativo para ser analisado.

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O que pode mudar no Enem?

Apesar de ainda não haver um plano concreto para as alterações e o novo formato do Exame ter sido adiado, existem algumas possibilidades do que pode acontecer. Hoje em dia, o Enem é realizado em dois domingos e dividido em duas seções:

  • Primeiro dia: 90 questões objetivas de múltipla escolha sobre linguagens e ciências humanas, além de uma parte dissertativa no formato de redação;
  • Segundo dia: 90 questões objetivas de múltipla escolha acerca de ciências da natureza e matemática.

O plano proposto pelo governo anterior contaria com questões específicas para a área de conhecimento em que o estudante deseja atuar. As mudanças previstas no Enem eram:

  • Primeiro dia: questões de formação geral no formato objetivo, sem divisão de disciplinas, focando em interpretação. Os candidatos também redigiriam uma redação.
  • Segundo dia: questões específicas segundo o curso de graduação cujo estudante tem interesse em fazer. Sendo assim, cada participante poderia escolher entre ciências humanas, ciências da natureza, linguagens ou matemática.

Além disso, a contagem de pontos seria diferente, estipulada por cada Universidade participante. Desse modo, as instituições de ensino poderiam considerar apenas uma etapa, ou colocar diferentes pesos nas questões.

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