Novo Ensino Médio começa a ser implementado no país; veja regras

As regras do Novo Ensino Médio poderão afetar mais de 7,7 milhões de estudantes brasileiros, principalmente na etapa inicial de implementação no país.

Desde fevereiro de 2022, o Novo Ensino Médio começou a ser implementado no país, com regras e metodologias diferentes do formato utilizado anteriormente. Neste sentido, o projeto pretende combater a desconexão e desinteresse dos jovens diante da educação, em especial no contexto da pandemia do coronavírus.

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Segundo o Censo da Educação Básica, realizada pelo Inep em parceria com o Ministério da Educação em 2021, existem cerca de 7.700.557 brasileiros inscritos no Ensino Médio no país. Com a implementação do Novo Ensino Médio, estima-se que tanto os estudantes da rede pública quanto da rede privada serão afetados. Saiba mais a seguir:

Em qual etapa está a implementação?

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Em primeiro lugar, a implementação do Novo Ensino Médio no país começou com foco nos alunos do primeiro ano do Ensino Médio. O cronograma do Ministério da Educação prevê que o segundo ano será atendido em 2023, e o terceiro ano em 2024.

No geral, existem 22 estados brasileiros qualificados para homologar e aplicar o Novo Ensino Médio nas redes estaduais de ensino. As informações do Movimento Pela Base Nacional Curricular divulgaram que os seguintes locais possuem referenciais curriculares aprovados:

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  1. Amazonas;
  2. Amapá;
  3. Ceará;
  4. Distrito Federal;
  5. Espírito Santo;
  6. Goiás;
  7. Maranhão;
  8. Minas Gerais;
  9. Mato Grosso;
  10. Mato Grosso do Sul;
  11. Paraíba;
  12. Pará;
  13. Pernambuco;
  14. Piauí;
  15. Paraná;
  16. Rio de Janeiro;
  17. Rio Grande do Norte;
  18. Roraima;
  19. Rio Grande do Sul;
  20. Santa Catarina;
  21. Sergipe;
  22. São Paulo.

Sendo assim, o Acre, Tocantins, Alagoas, Bahia e Rondônia estão aguardando a aprovação e homologação das propostas curriculares apresentadas ao Ministério da Educação. Sobretudo, a proposta do Novo Ensino Médio prevê uma mudança nos aspectos mais básicos da formação dos brasileiros, em especial nos aspectos organizacionais dos conteúdos e habilidades.

Quais são as regras do Novo Ensino Médio?

A princípio, a grande mudança do Novo Ensino Médio refere-se ao currículo aplicado nas instituições de ensino. Mais do que utilizar somente um itinerário igual para todos os estudantes, com a organização com base nas disciplinas, as novas regras preveem a organização dos conteúdos em grandes áreas do conhecimento.

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Portanto, a Base Nacional Comum Curricular utiliza da divisão em Linguagens, Ciências da Natureza, Ciência Humanas e Sociais e Matemática para guiar a formação dos estudantes do Ensino Médio. Além disso, a previsão é que 60% da carga horária completa desse nível de educação será igual para todos os alunos.

Ou seja, 60% dessa carga horária refere-se às competências básicas que esses jovens precisam adquirir nesta etapa. Nessa fase, somente as disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática serão obrigatórias aos estudantes ao longo dos três anos do Ensino Médio.

Por outro lado, os 40% restantes serão selecionados pelo próprio aluno, de acordo com os seus interesses. Basicamente, os itinerários formativos, como são chamados nessa fase, consistem na parte flexível do currículo escolar.

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Além de serem compostos por disciplinas novas, com foco na prática e profissionalização, também contam com planos de estudo das matérias tradicionais. Portanto, os jovens terão contato com os tópicos relativos a História, Biologia, Química e Artes, mas em formatos diferentes dos aplicados atualmente.

Assim, o estudante poderá escolher uma área do conhecimento compatível com os seus interesses. Em tese, a seleção pretende criar um aprofundamento nos quatro eixos apresentados anteriormente. Porém, será possível optar por um Ensino Técnico ou o modelo integrado, combinando mais de uma área do conhecimento.

Entretanto, a aplicação dessas e outras regras depende diretamente do modelo aplicado por cada escola ou rede educacional. Em todos os casos, o Novo Ensino Médio demanda uma estrutura mais ampla para que os quatro itinerários formativos sejam aplicados com qualidade a todos os estudantes.

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