Ministro acha justo discutir a criação de um 13º salário do BPC

Em entrevista, o ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, considerou justo discutir a criação de um 13º salário do BPC, benefício destinado aos idosos e pessoas com deficiência.

O Benefício de Prestação Continuada (BPC), do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), é destinado aos idosos com 65 anos ou mais e às pessoas com deficiência. Sua solicitação não exige que tenha sido feita qualquer contribuição ao instituto, e por tal motivo, o BPC não deixa pensão por morte ou paga 13º salário; contudo, de acordo com Carlos Lupi, ministro da Previdência Social, a criação de um 13º salário do BPC é uma discussão válida.

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Em entrevista ao jornal O Globo, Lupi comentou sobre uma série de mudanças que gostaria de propor, se tratando da previdência social. Uma delas é justamente a possibilidade dos beneficiários do BPC passarem a receber o 13º salário. Contudo, é importante manter em mente que ainda não existe uma previsão precisa para isso, e até o momento, o abono salarial ainda é inexistente.

Ministro da Previdência acha justo discutir a criação de um 13º para o BPC

De acordo com o ministro, várias mudanças nas regras de pensão por morte e aposentadoria por invalidez devem ser revistas. Esses auxílios deixaram de ter o valor integral por conta da Reforma da Previdência em 2019, e essa pauta faz parte de uma das promessas de campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

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No caso do 13º salário, o valor seria permanente para o BPC, junto de um 14º para os aposentados. Lupi afirmou que considera justo levar a proposta em frente, e ela deve ser discutida no conselho. Contudo, quanto ao 14º, a possibilidade já é menor, visto que o peso é considerado “alto”, levando em consideração uma realidade mais difícil.

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Projeto do 13º salário aos beneficiários do BPC

Vale lembrar que já existe um projeto de lei (PL) tramitando na câmara que visa a criação de um 13º para o BPC desde 2020. Nesse sentido, o PL 4439/20 autoriza o pagamento, no mês de dezembro de cada ano, de um abono de até um salário mínimo às pessoas com deficiência de qualquer idade e aos idosos com 65 anos ou mais, beneficiários do BPC.

O texto, que é de autoria do deputado Darci de Matos (PSD – SC), segue em análise na Câmara dos Deputados, e dispõe que o valor do abono deve ser proporcional ao número de meses de recebimento do BPC. Considera-se um mês completo após 16 dias.

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Em sua justificativa, Matos relembrou das particularidades do benefício. Como informado anteriormente, ele garante um salário mínimo aos idosos com 65 anos ou mais e pessoas com deficiência, desde que possam comprovar que não podem prover a própria subsistência, mesmo que com apoio da família.

Logo, isso significaria morar em uma família que tenha renda per capita de até 1/4 do salário mínimo, ou seja, aproximadamente R$ 260, na época de publicação do texto. As famílias que vivem nessa situação no país são incontáveis, consideradas “pessoas pobres, que enfrentam dificuldades e carências na vida diária”.

Assim o projeto surgiria como uma proposta para melhorar a proteção social dos grupos fragilizados, aumentando a transferência de renda. Seja como for, o projeto de Darci de Matos deve fazer alterações na Lei Orgânica da Assistência Social (Loas), caso seja passada em frente.

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