Auxílio Brasil poderá ter regras antigas do Bolsa Família; veja mudanças previstas

Prioridade da nova gestão, Auxílio Brasil poderá ter novas regras em 2023. O valor de R$ 600 ainda não está garantido para o exercício do próximo ano.

Um dos assuntos mais debatidos durante as eleições presidenciais de 2022 foi a manutenção do Auxílio Brasil no próximo ano. Após vencer o pleito, o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), enfrenta com sua equipe desafios para o próximo ano e poderá estabelecer que o Auxílio Brasil tenha regras antigas do Bolsa Família.

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Vale lembrar que, durante a campanha, o presidenciável dizia que retornaria o nome do programa para Bolsa Família. Para isso, no entanto, a gestão eleita terá de lidar com os ajustes necessários para o Orçamento do próximo ano.

Prioridade do governo eleito, a manutenção do auxílio para a população carente em R$ 600 no ano de 2023 é um dos temas a serem debatidos. Até o momento, esse valor não está assegurado, pois a proposta de orçamento para 2023, encaminhada em agosto ao Congresso Nacional pela área econômica do presidente Jair Bolsonaro, prevê um benefício médio de R$ 405.

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Durante toda a campanha eleitoral, Lula prometeu também um valor adicional de R$ 150 por criança de até seis anos. A ideia é retomar o antigo Bolsa Família, marca do governo do PT, revogado por Bolsonaro.

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No primeiro discurso como presidente eleito, Lula afirmou que o combate da fome e miséria é seu primeiro compromisso do governo.

Quais as novas regras do Auxílio Brasil?

Qual será o valor do Auxílio Brasil a partir de 2023?

Foto: montagem / Pexels – Canva PRO

Vale salientar que nada ainda está decidido, pois o presidente eleito tomará posse apenas a partir do dia 1º de janeiro. Ainda não se sabe quais serão as novas regras para inclusão dos beneficiários no programa reformulado.

No entanto, poderá voltar a ser concedido com base nas regras que eram aplicadas no antigo Bolsa Família. Dessa maneira, entre outras questões, será necessário manter os filhos vacinados e matriculados em escolas.

Outro ponto em debate é de acrescentar R$ 150 ao auxílio se a unidade familiar tiver dois ou mais membros com idade inferior a seis anos. Essa questão, que tem caráter cumulativo, já estava prevista na campanha eleitoral de Lula.

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Uma reunião prevista para esta quinta-feira entre Geraldo Alckmin, vice-presidente eleito e coordenador da equipe de transição, com o senador eleito Wellington Dias (PT-PI), coordenador de Orçamento da campanha, e o relator do Orçamento, senador Marcelo Castro (PMDB-PI), previa o Auxílio Brasil como uma das pautas.

A expectativa é de análise de todo o quadro orçamentário para atender demandas criadas, como o compromisso do presidente eleito em manter o Auxílio Brasil no valor de R$ 600. Isso, no entanto, representa novas despesas que exigirão ajuste nas regras fiscais.

Os cálculos do Tesouro Nacional preveem que será preciso aumentar os gastos públicos em R$ 52 bilhões apenas para manter o benefício para população carente em R$ 600.

Uma das propostas para conseguir folga orçamentária para garantir o pagamento desse benefício é acabar com o teto de gastos. Contudo, para fazer isso será preciso mudar a Constituição, por meio de uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC).

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Para entrar em vigor, uma PEC precisa ser aprovada em dois turnos, tanto pelo Senado quanto junto à Câmara dos Deputados, e ter três quintos dos votos dos parlamentares de ambas as casas.

Quem recebe o Auxílio Brasil em 2022?

O Programa Auxílio Brasil tem objetivo de auxiliar as famílias socialmente vulneráveis, atendendo os cidadãos em situação de extrema pobreza, em situação de pobreza, e em regra de emancipação.

Com objetivo de promover cidadania, fomentar a escolaridade e a empregabilidade, oferece subsídios para manutenção das moradias, alimentação, e incentivar o desenvolvimento das crianças e dos adolescentes. Para ter acesso aos valores, é preciso ter inscrição e dados regulares e atualizados no Cadastro Único.

Os pagamentos estão previstos apenas aos brasileiros de baixa renda que atendam a um dos seguintes critérios de elegibilidade:

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  • Família que é extremamente pobre, que corresponde à renda familiar per capita mensal igual ou inferior a R$ 105;
  • Família que é pobre, que corresponde à renda familiar per capita mensal entre R$ 105,01 e R$ 210;
  • Família em regra de emancipação, que corresponde à renda familiar per capita mensal não ultrapassando R$ 252.

Apesar disso, é preciso salientar que a inscrição no Cadastro Único não representa a inserção imediata ao programa.

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