Câmara aprova crédito consignado para inscritos no Auxílio Brasil

A medida provisória aprovada na Câmara dos Deputados também prevê elevação das margens do empréstimo consignado para aposentados e beneficiários do Governo Federal.

Na última quarta-feira (29), a Câmara dos Deputados aprovou uma Medida Provisória que permite acesso ao empréstimo consignado para beneficiários do Auxílio Brasil e do BPC (Benefício de Prestação Continuada). O texto segue em tramitação no Senado antes de partir para aprovação ou veto presidencial.

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Como Medida Provisória, o texto está em vigor desde a edição pelo Executivo no mês de março, mas os representantes do Senado Federal terão até o dia 15 de julho para tornar a matéria uma lei definitiva. Segundo o relator da proposta, o deputado Bilac Pinto (União-MG), o empréstimo consignado oferece mais segurança ao credor e ao contratante.

Como irá funcionar a proposta?

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A princípio, a Medida Provisória também eleva a margem do crédito consignado, oferecendo maiores valores da renda que poderão ser comprometidos pela contratação do empréstimo.

No caso dos aposentados pela Previdência Social e inscritos no Benefício de Prestação Continuada, o percentual do benefício que poderá ser comprometido pela parcela do empréstimo passa para 45%.

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Em números específicos, isso significa que 35% da renda será comprometida para o empréstimo, enquanto 5% serão destinados para operações de saques ou despesas contraídas através do cartão de crédito consignado. Por fim, os 5% restantes serão destinados aos gastos com o cartão de benefícios.

Para as demais categorias, incluindo beneficiários do Auxílio Brasil, a margem é elevada para 40%, com reserva de 5% para despesas e operações realizadas com o cartão de crédito consignado. No entanto, a oposição se posiciona contra essa medida, por acreditar que irá estimular o endividamento das famílias brasileiras.

Sobretudo, a preocupação da oposição está relacionada ao superendividamento dos idosos no Brasil, em especial por conta da crise decorrente da pandemia da COVID-19.

Segundo a deputada Lídice da Mata (PSB-BA), a Medida Provisória aumenta a margem de endividamento desses indivíduos, e o Governo Federal deveria ter priorizado a proposta do 14º salário para os idosos do país.

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Projeto do 14º salário continua em debate

Aprovado nas câmaras especiais em 2021, não há previsão da votação do 14º salário do INSS na Câmara dos Deputados e no Senado Federal. A proposta garante o pagamento de mais um abono, no valor de um salário mínimo, para aposentados e pensionistas do INSS a fim de garantir renda no período de encerramento do ano.

Além disso, a proposta decorre dos três anos consecutivos de antecipação do 13º salário do INSS, deixando aposentados e pensionistas sem renda extra no final do ano, período em que as despesas decorrentes das festas são maiores para as famílias. Apesar da falta de previsão em relação à votação, representantes da Câmara pedem urgência na análise da proposta.

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