O governo federal enviou proposta de reajuste do salário mínimo para 2023, elevando R$ 82. O aumento calculado equivale ao percentual da inflação que, até agora, está na faixa de 6,70%. A alteração do piso nacional não influencia apenas na remuneração de trabalhadores ativos, mas também em benefícios do INSS, BPC e seguro-desemprego.
Isso porque todos esses pagamentos são baseados no salário mínimo federal. Sendo assim, no próximo ano, o índice de correção desses repasses também deve ser de 6,70%. Mas é importante ressaltar que essa é apenas uma previsão, uma vez que a inflação será fechada apenas no fim de 2022 e o valor oficial do salário mínimo divulgado em janeiro.
Salário mínimo para 2023 pode influenciar benefícios
Se a inflação mantiver em 6,70%, o salário mínimo 2023 deve subir para R$ 1.294. O menor valor da aposentadoria do INSS equivale ao piso nacional, portanto também deve passar de R$ 1.212 para R$ 1.294. Utilizando o mesmo percentual sobre o teto do benefício, o pagamento deve subir de R$ 7.087 para cerca de R$ 7.562.
Quem tem direito ao Benefício de Prestação Continuada (BPC) recebe o valor de um salário mínimo. Dessa forma, o repasse deve ser de R$ 1.294 no próximo ano. Além do valor do depósito, o reajuste também recai sobre o critério de renda:
- Em 2022: a renda mínima do grupo familiar de até 1/4 do piso é de R$ 303;
- Em 2023: a renda mínima do grupo familiar de até 1/4 do piso deve ser de R$ 323,50.
Por fim, a alteração recai sobre o seguro-desemprego, cujo piso é de um salário mínimo, podendo aumentar para R$ 1.294. O teto do benefício, por sua vez, deve ir de R$ 2.106 para R$ 2.247. Vale ressaltar que a quantia paga depende do tempo de serviço, valor a remuneração e quantas vezes o seguro foi solicitado anteriormente.
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