Moedas e cédulas raras brasileiras podem valer uma quantia bem acima daquela originalmente definida, desde que sejam compradas por colecionadores – os numismatas. Por isso, é interessante verificar se não possui um modelo valioso em casa. Moeda de 50 centavos com erro, por exemplo, pode ser vendida por até R$ 1,8 mil.
Vale salientar que os colecionadores dessas peças fazem parte da numismática, que é a prática do estudo das coleções de moedas, cédulas e medalhas. No Brasil, essa modalidade de colecionador ganhou ainda mais força com lançamento das moedas comemorativas dos Jogos Olímpicos, sediados no Rio de Janeiro em 2016.
Nesse processo, as moedas com erro tornaram-se populares por serem modelos únicos, principalmente quando os defeitos são de fabricação ou cunhagem.
Moeda de 50 centavos com erro pode valer R$ 1,8 mil
As moedas com erros ou anomalias costumam passar por processos defeituosos de cunhagem, gerando uma moeda com alteração não intencional. Assim, não há registros que comprovem o volume ou a incidência de erro nas peças.
A estimativa é que 40 mil unidades de moedas de 50 centavos, que não possuem o zero, em razão de erro de cunhagem, foram confeccionadas. No ano de 2012, elas foram recolhidas pelo Banco Central, logo após identificação do problema.
Contudo, nem todas saíram de circulação e alguns itens continuam no mercado, principalmente entre colecionadores, e chegam a valer R$ 1,8 mil.
E a moeda mais valiosa do Brasil, qual é?
A Peça de Coração é o modelo mais valioso. A moeda foi cunhada em 1822, logo após a proclamação da Independência, e o material de fabricação é ouro puro.
Assim, a nomenclatura de “Peça da Coroação” vem da homenagem à coroação de D. Pedro I. Inicialmente, a moeda deveria ter circulação em nível nacional. Contudo, segundo a história, o imperador não teria gostado do busto desenhado no verso e interrompeu o processo.
Na época, foram emitidas apenas 64 e estima-se que sobraram apenas 16 do modelo. Hoje, ela é encontrada em valor aproximado de U$ 449.375,00, equivalendo a R$ 2,2 milhões. Esse é um valor reconhecido como recorde em leilão de colecionadores, realizado em 5 de janeiro de 2014.