Preço do café tem alta de 56,87% só nos últimos 12 meses; entenda

Reajuste do preço do café tem sido um dos vilões na cesta do brasileiro. Especialistas apontam que o preço normal deve voltar em 2023.

O preço do café moído e torrado teve alta de 56,87% nos últimos 12 meses, de acordo com dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Apenas no mês de janeiro de 2022, a alta foi de 4,75%. No ano de 2021, o produto teve um período negativo quando, após um ano de produtividade alta, sofreu queda na produção.

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O café é a segunda bebida mais consumida no território brasileiro, ficando atrás apenas da água. O produto atingiu o maior preço dos últimos 25 anos, de acordo com informações da Organização Internacional do Café e do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos.

Preço do café tem alta no Brasil

Os principais motivos para a alta foram o aumento do dólar, o aumento dos preços dos insumos, a dificuldade de embarque para exportação e os efeitos da pandemia da COVID-19.

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Com relação a produção do grão, o Brasil está no topo no ranking mundial há mais de 150 anos. Aproximadamente 40% de toda produção do mundo vem de solo brasileiro. Os principais estados produtores são o Paraná, São Paulo e Minais Gerais.

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Apesar nisso, no entanto, o Brasil deve colher mais de 55 milhões de sacas de café, que representa um aumento de quase 17% comparado ao ano de 2021, de acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento. Contudo, a projeção ainda fica abaixo dos resultados apontados nos anos de 2020 e 2018.

Crises na produção de café

Esse cenário de aumento nos valores não é exclusivo do Brasil, pois problemas de produção também vêm sendo identificados em outros grandes países produtores, como Colômbia e Vietnã.

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De acordo com Silvio Farnese, diretor de comercialização e abastecimento do Ministério da Agricultura, não há risco de faltar café para a população brasileira. O país tem estoque para garantir o seu abastecimento, mas não há quantidade suficiente para regular o preço do produto junto ao mercado interno.

Apenas em 2020, o Brasil consumiu 21,2 milhões de sacas de 60 kg. Em contrapartida, exportou 44,7 milhões.

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